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Lecheva aponta problemas de gestão para queda do Fast na Série D

(Foto: Antônio Assis/FAF)

Com a derrota para o Penarol e a vitória do Galvez sobre o Atlético-AC no último domingo (22), o Fast já não tem mais chances matemáticas de se classificar para a 2ª fase da Série D do Campeonato Brasileiro, mesmo restando duas rodadas para o término da 1ª fase da competição. Para o treinador Ricardo Lecheva, que assumiu o Rolo Compressor na 6ª rodada, a eliminação não aconteceu na derrota para o rival estadual, mas sim por conta de fatores relacionados ao planejamento que influenciaram no desempenho da equipe dentro de campo.

“A desclassificação não aconteceu no jogo contra o Penarol. O Fast teve muitos problemas de gestão, rachas no elenco, a empresa que acabou não cumprindo com o acordado com a diretoria, o rompimento desse acordo, mudanças no plantel, dispensa de jogadores, enfim, todos ingredientes para uma eliminação estavam presentes. Nós conseguimos melhorar um pouco o desempenho da equipe, mas infelizmente, cada jogo desde que cheguei se tornou uma decisão, devido à má pontuação na tabela, fazendo com que precisássemos ter erro zero e sabemos que isso é muito difícil dentro do futebol, principalmente lidando com tantos problemas, que encontramos”, apontou.

Jackie Chan marcou o gol de honra do Fast, o sétimo na competição, mas a equipe ficará pelo caminho (Foto: João Normando/FAF)

Lecheva também afirmou que o trabalho junto ao Rolo Compressor foi complicado desde sua chegada, por conta de situações mais uma vez relacionadas ao planejamento e à BL Sports, que estava à frente do departamento de futebol do clube.

“É sempre muito complicado chegar no meio da competição e encontrar a situação que encontrei no Fast. Encontrei uma equipe totalmente desestruturada em todos os sentidos, com várias lacunas na parte extracampo e dentro de campo, vi uma divisão muito nítida no elenco e tudo isso em função de uma gestão má administrada pela empresa, que na ocasião estava gerindo o futebol do Fast. Por conta de suas dificuldades financeiras, essa foi a forma que o clube encontrou para poder disputar a competição e acreditando na idoneidade dessa empresa, que acabou não cumprindo com alguns acordos feitos. Ainda conseguimos melhorar o desempenho em termos de campo, mas os problemas extracampo foram solucionados muito tardiamente e isso culminou na desclassificação infelizmente ainda na fase de grupos”, finalizou.

Este ano, o Rolo Compressor não disputou o Campeonato Amazonense 2021 e apostou na parceria com a empresa “BL Sports”, dona do passe de vários atletas que integraram o elenco do clube ao longo da Série D. A parceria foi desfeita no início deste mês e culminou com a dispensa de nove desses jogadores.

Matheus Pereira

Graduado em jornalismo; 26 anos; desde 2020 no Esporte Manaus.

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