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Alex chega ao Fast focado e diz gostar de cobranças: “Não caí aqui de paraquedas”

(Foto: Lucas Queiroz)

Volta por cima na carreira e na vida, muitos gols marcados e experiência diferente no futebol amazonense, o novo centroavante do Fast Clube tem muita história pra contar. Apresentado oficialmente à imprensa na última quinta-feira (13), Alexandro falou sobre o que o motivou a assinar com o Tricolor de Aço. Aos 35 anos, ele vai disputar o Campeonato Amazonense pela primeira vez na carreira.

“O que mais pesou foi a estrutura que o Fast me ofereceu, falei que era importante a família estar ao meu lado, é fundamental pra ter a cabeça tranquila, focado, espero fazer um bom campeonato e chegar no nosso objetivo”, disse.

A família de fato foi um fator que fez a diferença para a reviravolta na vida de Alex. Depois de dar os primeiros passos no futebol em Cabo Frio, sua cidade natal, conseguiu uma oportunidade nas categorias de base da Roma, da Itália, onde passou dois anos da adolescência. Quando o pai descobriu um câncer, Alex retornou ao Brasil para ficar perto da família e então teve de recomeçar no futebol.

Ainda jovem, atuou por Cabofriense e Resende até realizar o sonho de vestir a camisa do Botafogo, o time do coração. Em 2008, marcou um gol contra o Flamengo, comemorou fazendo o “chororô” e de quebra a dança do “créu”, que era o hit da época. Tamanha repercussão, passou a ser chamado de Alex “Créu”. Já sem os pais, que faleceram no começo da carreira, o atacante se perdeu no mundo das drogas e bebidas.

Com acesso à Série A, Alexandro teve passagem de sucesso na Ponte Preta (Foto: Gazeta Press)

Contudo, em 2012, conheceu a esposa, se converteu evangélico e foi reconstruir a carreira, sem os vícios e com o apoio da família. A partir daí, conseguiu se destacar, colecionou gols e passagens por diversos clubes do futebol brasileiro: Penapolense-SP, Ponte Preta, Novorizontino-SP, Bahia, Paysandu, Oeste, Resende, Nova Mutum-MT, e até uma aventura no exterior, com a camisa do Emirates Club, dos Emirados Árabes Unidos. Nas últimas três temporadas, anotou 31 gols em 67 jogos com a camisa do Sampaio Corrêa, do Rio de Janeiro.

Agora com a camisa do Fast, Alex diz que deixou o “Créu” pra trás e prefere ser chamado de “Alex Gol”, apelido que puxa responsabilidade, mas será fundamental para um clube que busca encerrar um jejum de cinco anos sem taças do Campeonato Amazonense. Nos primeiros dias na nova casa, o atacante deu suas primeiras impressões do ambiente e a perspectiva pra competição.

“Perguntei a alguns amigos que jogaram aqui, falaram que é muito bem visto. Tenho colegas que vão jogar o Amazonense por outros clubes, vai ser campeonato bastante difícil, mas pelo pouco tempo que cheguei em Manaus e participei dos treinos, percebi que o nosso time tá muito focado e vamos procurar dar o nosso máximo. Me falaram muito bem de Manaus, é um pouco quente, mas já vou me acostumar e dar alegria à torcida do Fast”, disse.

O camisa 9 foi artilheiro nas últimas três temporadas pelo Sampaio Corrêa, do RJ (Foto: Léo Borges)

Ao ser perguntado sobre como encara as cobranças no futebol, Alex matou no peito e destacou que vai dar a resposta com gols. A equipe estreia pelo Campeonato Amazonense no próximo dia 26, contra o Manaus, na Arena da Amazônia, às 15h30 (de Manaus)

“A cobrança é importante, porque até nosso Jesus Cristo foi cobrado sem pecado, mas isso é importante. Por onde passei, fiz gols e não estou aqui por acaso, não caí aqui de paraquedas, a cobrança faz parte da nossa profissão. Meu foco é mostrar à torcida que não me conhece, o meu potencial e o dom que Deus me deu”, concluiu.

*com informações da ESPN