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Árbitro relata invasão em súmula e declaração de cartola do Manaus pega mal

(Foto: Reprodução)

O árbitro da partida entre Vila Nova e Manaus FC, que terminou com a vitória do Tigre por 2 a 1, nesta segunda-feira (12), Paulo Henrique de Melo Salmazio registrou na súmula, o que considerou uma invasão de campo do gerente de futebol do Gavião do Norte, Ângelo Márcio, e do vice-presidente Giovanni Silva, que aconteceu durante o intervalo da partida. Os dirigentes estavam revoltados com a marcação de um pênalti a favor do Vila Nova, nos acréscimos do primeiro tempo, e teriam dirigido palavras de baixo calão ao árbitro do confronto.

Confira o documento abaixo:

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o delegado da partida, Luiz Pitta Pires, aparece retirando do gramado,  com auxílio de policiais, os dois cartolas e outras pessoas com a camisa do clube amazonense. 

Em um trecho do vídeo, é possível  ouvir o  gerente de futebol do Gavião do Norte responsabilizando o delegado da partida e o acusando de ser omisso. “O senhor está sendo omisso. Nós somos da Amazônia não, nós somos de São Paulo e Minas. Ninguém é bobo aqui”, afirmou o Ângelo Márcio.

Assista ao vídeo:

A declaração repercutiu mal com a torcida, que passou a cobrar nas redes sociais uma explicação para a frase dita por Ângelo Márcio.

Posicionamento do clube

Em nota, o Manaus FC alegou que o vídeo captado é apenas um trecho tirado de contexto e que não traz o teor total da discussão que aconteceu após a partida contra o Vila Nova, embora a explicação dada pelo clube não altere de fato o sentido daquilo foi dito. O clube afirmou ainda que teve vários problemas durante o jogo, principalmente por conta do comportamento do delegado da partida, com quem Ângelo aparece discutindo no vídeo.

Na nota, o clube aponta que Ângelo e outros membros do staff do Esmeraldino, reclamaram de todas essas questões e ouviram do delegado da partida a seguinte frase irônica: “Vocês são da Amazônia e querem reclamar do quê? Quem é Manaus para reclamar de alguma coisa?” E, de acordo com o clube, foi quando Ângelo respondeu: “Nós não somos da Amazônia, não. Somos de São Paulo e Minas, ninguém é bobo aqui”.

“Existe essa ideia de que, pelo fato do Amazonas ter ficado 12 anos longe de uma Série C, que não sabemos o que fazer e nem quais são os nossos direitos. Eles acham que todos nós que fazemos parte do Manaus FC são do Amazonas e adjetivam de maneira pejorativa. A resposta foi no sentido de que no Manaus FC tem pessoas, inclusive jogadores, de todas as regiões brasileiras. Foi neste sentido que disse que não tinha bobo ali. Que aqui existem profissionais que há anos trabalham no futebol pelo Brasil afora e que sabíamos que eles estavam fazendo coisas erradas”, disse Ângelo. 

Na nota, o clube ainda reitera que, por ser um clube jovem no cenário nacional, vem sendo prejudicado por algumas decisões da arbitragem, que na dúvida, sempre acabam beneficiando as chamadas “camisas mais pesadas” do futebol brasileiro. E que além disso, o staff do esmeraldino presenciou nesta partida contra o Vila, situações esdrúxulas como invasões de campo e até mesmo um fotógrafo com a camisa do clube, que ficava o tempo todo xingando a equipe de arbitragem sendo que nada foi feito por parte do delegado da partida.

Confira a nota na íntegra

Nota de esclarecimento

A respeito do vídeo que está circulando na internet com declarações do gerente de futebol do clube, Ângelo Márcio, o MANAUSFC esclarece que o vídeo captado é apenas um trecho – tirado de contexto – e que não traz o teor total de discussão que aconteceu após a partida contra o Vila Nova (GO).

O MANAUSFC informa ainda que teve vários problemas durante o jogo, principalmente por conta do comportamento do delegado da partida, com quem Ângelo teve uma discussão exibida parcialmente no vídeo.

Na partida contra o Vila Nova (GO), o Manaus foi surpreendido inclusive pela presença de torcedores dentro do estádio, o que está proibido por conta do protocolo da CBF, em prevenção à Covid-19. Até mesmo sinalizadores foram utilizados pelos torcedores, nas arquibancadas, antes do jogo começar.
Após a partida, Ângelo, bem como os outros membros do staff do MANAUSFC, reclamaram de todas essas questões e ouviram do delegado da partida a seguinte frase irônica: “Vocês são da Amazônia e querem reclamar do quê? Quem é Manaus para reclamar de alguma coisa?” Foi quando Ângelo respondeu: “Nós não somos da Amazônia, não. Somos de São Paulo e Minas, ninguém é bobo aqui”.

Para Ângelo, o comportamento desrespeitoso do delegado da partida é algo que acontece reiteradamente quando o clube joga em outras praças, principalmente as mais expressivas. “Existe essa ideia de que, pelo fato do Amazonas ter ficado 12 anos longe de uma Série C, que não sabemos o que fazer e nem quais são os nossos direitos. Eles acham que todos nós que fazemos parte do MANAUSFC são do Amazonas e adjetivam de maneira pejorativa. A resposta foi no sentido de que no MANAUSFC tem pessoas, inclusive jogadores, de todas as regiões brasileiras. Foi neste sentido que disse que não tinha bobo ali. Que aqui existem profissionais que há anos trabalham no futebol pelo Brasil afora e que sabíamos que eles estavam fazendo coisas erradas”, disse Ângelo.


O MANAUSFC reitera ainda que, por ser um clube jovem no cenário nacional, vem sendo prejudicado por algumas decisões da arbitragem, que na dúvida, sempre acabam beneficiando as chamadas “camisas mais pesadas” do futebol brasileiro.

Foi assim no jogo contra o Treze (PB), quando árbitro não deu sequência ao jogo. Foi assim contra o Clube do Remo, em que o MANAUSFC teve pênalti escandaloso a seu favor não marcado pela arbitragem. Agora, diante do Vila Nova (GO), a arbitragem marcou um pênalti duvidoso contra o MANAUSFC já nos acréscimos do primeiro tempo.


Além disso, o staff do esmeraldino presenciou nesta partida contra o Vila, situações esdruxulas como invasões de campo e até mesmo um fotógrafo com a camisa do clube, que ficava o tempo todo xingando a equipe de arbitragem sendo que nada foi feito por parte do delegado da partida.
Apesar de tudo, o MANAUSFC seguirá firme na sua caminhada na Série C, sempre exigindo respeito por nossa história, que apesar de nova, já é vencedora.”,
diz a nota.

Reincidência

Esta não é a primeira vez que o diretor se envolve em episódios com o desta segunda-feira. Em março de 2019, Ângelo teria acusado a assistente Anne Kesy Gomes de Sá Guimarães na porta do vestiário da arbitragem, durante o intervalo da partida entre Manaus e Sul América, pelo Campeonato Amazonense. 

De acordo com a súmula do confronto, o cartola reclamava de um gol do Esmeraldino, anulado pela auxiliar. Ainda segundo o documento, Ângelo se recusava a sair do local e precisou ser retirado pelo policiamento da partida, além disso, o dirigente mais uma vez reclamou da assistente durante a volta da equipe de arbitragem para o segundo tempo da partida.

Matheus Pereira

Graduado em jornalismo; 26 anos; desde 2020 no Esporte Manaus.

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