Competição de Paratletismo reuniu aproximadamente 100 participantes em diferentes modalidades no último fim de semana
Neste domingo, 28, a Vila Olímpica de Manaus se transformou em um espaço perfeito para a descoberta de novos talentos do paradesporto. O “Meeting BASA” – Impulsionando o Paratletismo da Amazônia, evento gratuito promovido pela Associação Paradesportiva do Norte (APAN) com financiamento do Banco da Amazônia (BASA) teve a programação iniciada no sábado de manhã (27), com painel informativo sobre o tema e rodada de conversas com especialistas em saúde e à tarde, oficinas práticas destinadas para atletas, pais e acadêmicos de educação física com cerca de 50 pessoas. A competição foi realizada no dia seguinte.
Com aproximadamente 100 participantes e público em geral inscrito, a competição envolveu provas típicas do paratletismo, tanto de pista quanto de campo. Todos os participantes, paratletas e atleta-guia receberam medalhas de participação. Já o pódio, foi no formato desafio, com os atletas competindo entre si, com todas as classes e faixas etárias.
As exceções foram para a prova de salto em distância, que premiou segundo as categorias Sub14, Sub17, Sub20 e Adulto, e as provas da categoria Sub14, por serem esses atletas ainda da iniciação.
O cadeirante Keven Whesley de 28 anos participou de uma corrida pela primeira vez e diz que se surpreendeu com o resultado na prova de 200m rasos mesmo chegando em 10º lugar, com 4 minutos, 48 segundos e 7 milésimos.
“Cada meta era uma superação minha e um filme que passava na minha cabeça. Parecia que não ia acabar. Aí fui continuando aos poucos até chegar ao final. Quase eu não termino, mas eu consegui. Foi uma superação minha. Eu meti a cara na inscrição e vim. Essa primeira participação foi só um teste. Daqui alguns anos vamos ver no que vai dar”, disse.
Durante quase 4 horas de competição, a emoção falou mais alto e tomou conta de muitos paratletas. Desde 2020, a deficiente visual e campeã brasileira Camili Guedes de 20 anos treina ao lado de seu guia Aricélio Ramos, 30. Em três anos de parceria, a dupla já competiu dentro e fora do estado.
Atualmente, eles têm intensificado os treinos com o intuito de evoluir cada vez mais. No Meeting BASA, Guedes e Ramos foram destaque ao conquistarem o 1º lugar nas provas de 400m e 1500m.
“Foi maravilhoso estar participando das provas e graças a Deus batendo o nosso tempo. Estou muito feliz por isso. Eu falo que é muito bom para a saúde e para se manter em forma… bater suas metas. Porque às vezes a gente fica impressionado com o nosso próprio tempo, então eu digo que é para todos. Experimentem. Nós estamos sempre por aqui e vamos ficar muito felizes em receber todos nos treinamentos, nas competições…”, declarou a velocista.
O guia Aricélio Ramos reforça que a parceria faz total diferença. “Somos grandes amigos. Nós corremos, treinamos, corremos, tudo junto. A gente viaja, treina, essa é a rotina. Graças a Deus conseguimos manter nosso resultado. Nosso melhor foi em São Paulo nos 400m e a gente correu visando esse tempo para ficar no ranking. A gente não conseguiu baixar ele, mas também não fizemos o tempo ruim. A gente manteve 1 minuto e 10 segundos. Foi muito bom”, disse.
Patrocínio
Para a presidente da APAN, Thaís Castro, ver tanta gente envolvida no evento e o incentivo financeiro do poder público para esta causa significa a realização de um sonho.
“A gente batalhou bastante. Estávamos há alguns anos tentando promover um evento desse tipo e agora com esse financiamento do Banco da Amazônia e apesar do pouco tempo que tivemos para organizá-lo, nós conseguimos uma boa divulgação. É uma responsabilidade tremenda que a gente recebe. Uma grande confiança que depositaram no nosso projeto. Pela primeira vez tem um projeto desse nível assim para a Amazônia e foi o único de paratletismo aprovado no edital. Então, a gente vai mostrar que temos resultado e conseguimos mobilizar as pessoas, para incentivar o crescimento na prática do paradesporto”, afirmou.
Em razão da contrapartida ambiental, requisitada no edital de patrocínio do BASA, os participantes precisaram levar no mínimo, 2 garrafas pet para serem destinadas à reciclagem. Uma forma de estimular o esporte local e também de conscientizar as pessoas sobre o cuidado com o meio ambiente.
APAN
A APAN é uma associação sem fins lucrativos, de caráter científico, recreativo, cultural, educacional, esportivo, social e profissionalizante. Sua finalidade é a prevenção, reabilitação, promoção e inserção social da pessoa com e sem deficiência, através da prática da Educação Física e do Esporte.
Para isso, a APAN tem uma ligação forte com a promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência em contexto inclusivo. Como práticas esportivas, a APAN pode atuar em qualquer modalidade olímpica e paralímpica. Atualmente, tem forte atuação no atletismo e está iniciando um trabalho de base na natação.
A lista de premiação com o resultado dos competidores está disponível no site www.apannorte.org.br . Para mais informações, basta acessar o Instagram @apannorte .
Fotos: Edivan Farias
Com informações da Assessoria de Imprensa Funny Comunicação