A final do Campeonato Amazonense de 2021, disputado até o momento sem público por conta da pandemia do novo coronavírus, pode contar com a presença de cinco mil expectadores. Ao menos é o que querem os clubes. O movimento vem ganhando força nos bastidores e já conta com o apoio da Federação Amazonense de Futebol (FAF).
De acordo com Giovanni Silva, vice-presidente do Manaus FC, clube que encabeça o movimento, a ideia é utilizar cerca de 10% da capacidade da Arena da Amazônia, caso o número de mortes e casos de Covid-19 no Amazonas continue baixando.
“Estamos realizando esse movimento para levar público à grande final, desde que até lá os números continuem baixando e a situação esteja um pouco mais normalizada. A ideia é que os ingressos sejam vendidos apenas pela internet, para diminuir ao máximo o risco de aglomerações”. disse.
FAF apoia, mas espera sinal verde do Governo
De acordo com o diretor de competições da FAF, Roberto Peggy, um possível protocolo de ações para uma final com público só será pensado em caso de liberação do Governo. O Manaus pretende apresentar um projeto não apenas ao Estado, como ao Ministério Público. Os contatos devem ser feitos após a definição dos semifinalistas.
“O governo sinalizando positivamente para a possibilidade de uma final com público, fatalmente será criado um comitê para decidir o operacional. Só que primeiro tem que haver a disposição do governo para liberar. Se eles acharem que ainda não é o momento, não adianta fazer nada”, destacou.
Amazonas na fase laranja após caos em janeiro
A partida de volta da grande final do Barezão está inicialmente agendada para o dia 22 de maio. Manaus, Amazonas, Princesa, Nacional, Clíper, Penarol, São Raimundo e JC seguem na disputa. O último jogo com presença de público no Amazonas aconteceu no dia 15 de março de 2020. De acordo com o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Amazonas confirmou mais 20 mortes por Covid, nesta quinta-feira (22), sendo sete ocorridas nas últimas 24 horas. No total, 12.474 pessoas morreram vítimas da doença.
Só no Amazonas foram 365.969 casos. Ainda de acordo com a FVS, o Amazonas está na fase laranja, o que significa risco moderado para transmissão de Covid-19. Em janeiro, durante a segunda onda da doença no estado, hospitais da capital Manaus chegaram a ficar sem oxigênio para os pacientes.
Neste momento está em vigor um decreto que limita a circulação de pessoas durante a madrugada e que vem sofrendo edições semana após semana liberando cada vez mais serviços considerados não essenciais. Para o VP do Manaus, Giovanni Silva, as flexibilizações do governo, mais a queda no número de mortes e casos em relação a janeiro, abrem para uma possibilidade de que o projeto seja aceito.
“Se os números continuarem caindo, por que não pensar positivamente?”, disse.