Gavião do Norte se encontra em situação delicada e terá última ‘ficha’ para tentar escapar do rebaixamento contra o Figueirense, fora de casa
O Manaus empatou sem gols com o Floresta-CE no último domingo (20) e se complicou ainda mais na luta para escapar da zona de rebaixamento da Série C do Campeonato Brasileiro. As reações opostas das equipes após o apito final na Arena da Amazônia dizem muito sobre a situação delicada do Gavião do Norte. Faltando uma rodada para o fim da primeira fase, a equipe esmeraldina segue na zona de rebaixamento.
Na 19ª e última rodada da primeira fase, será vida ou morte. O duelo diante do Figueirense é direto. Caso vença em Santa Catarina no próximo sábado (26), o Manaus rebaixa o adversário e se salva. Qualquer outro resultado faz com que o Esmeraldino retorne à Série D após quatro anos. O técnico Roger Silva completou apenas o quarto jogo a frente do clube e comentou o cenário atual.
Uma derrota do Figueirense, as coisas ainda estão na nossa mão. Uma vitória nossa contra eles, a gente tem a oportunidade de permanecer. Tem um ditado que a gente fala em Campinas, é lamber as feridas, se preparar essa semana, se tiver uma chance, com certeza a gente vai buscar. Bom, eu não consigo falar de todo ano, eu consigo falar do período que eu tô aqui. Realmente, eu encontrei um pouco do psicológico um pouco abalado, confiança um pouco minada. Eu vejo que a nossa chegada trouxe um pouquinho dessa confiança, um pouquinho da autoestima, de alegria. É difícil vir aqui e falar, o time joga mal? Não joga, cria oportunidades, domina o adversário, mas o predominante no futebol é botar a bola pra dentro e vencer jogos. E é isso que eu lamento.
Roger Silva
Há duas rodadas, após vencer o Pouso Alegre fora de casa, o Manaus respirou na tabela e manteve acesa a esperança para os jogos seguintes em casa, contra Remo e Floresta. No entanto, a equipe somou dois empates e não conseguiu se afastar da zona da confusão. Para Roger, não há como se eximir da responsabilidade. Restando a última ‘ficha’, o foco esmeraldino será total para tentar o objetivo que restou.
Mais uma vez, assim como foi contra o Remo, tivemos muitas jogadas de quatro contra dois, três contra dois, para a gente tomar uma decisão melhor e fazer os gols. A gente acaba tomando uma decisão errada e culmina em tudo isso. Eu também peço desculpa ao nosso torcedor, faço parte disso, aceitei esse desafio, porque via e vejo o material humano que a gente possa tirar o Manaus, e enquanto tiver uma oportunidade vocês podem ter certeza que eu vou entregar o meu melhor. O movimento é que tem que vencer. Agora não tem psicologia, agora não tem choro, agora não tem nada, nós nos colocamos nessa situação. Realmente era o jogo possivelmente vencível, então a responsabilidade é toda nossa, nós tínhamos que ter feito o dever de casa, nós soberanos nas ações, a gente cria as oportunidades. A responsabilidade é toda nossa, agora não tem lamentação, não tem achar esse ou aquele, o culpado. Agora é se fechar um pouco mais, ter essa mentalidade de que é possível vencer lá. Eu fui lá com um Pouso Alegre, a gente conseguiu uma grande vitória, guerreando, correndo, brigando muito, é uma equipe que possui uma característica que entrega muito.
Roger Silva
Questionado sobre a confiança abalada do grupo esmeraldino, Roger concordou com o fato anímico, mas defendeu seus atletas, e afirmou que eles trabalham muito no dia-a-dia, porém, as coisas não tem acontecido dentro de campo. Para finalizar, o jovem treinador manteve a esperança sobre a permanência na Série C até quando houver possibilidade.
Eu não consigo mensurar. Alguns jogadores andam com a confiança um pouco baixa, não tão confiantes como a gente espera. Caras que já entregaram um pouco mais em outros clubes, que eu conheço, que vi jogar, enfrentei. Uma certeza vocês podem ter: é um grupo extremamente trabalhador, são caras que se entregam pra caramba, treinam, cumprem as ideias de jogo. Agora é detalhe, a gente precisa realmente fazer os gols. Mas eu acredito ainda. Tem um ditado de tênis que diz: até a última bolinha. O Manaus vai até a última bola.
Roger Silva
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