Campeão da categoria sub-9 da Eco Copa Brigida Serrão Barros, arqueiro de nove anos se emocionou por não ter o pai por perto na grande final
No último domingo (30), Itacoatiara foi palco da Eco Copa Brigida Serrão Barros, competição de futebol infantil, que teve como campeão da categoria sub-9 o Fast Clube. Após o empate em 1 a 1 no tempo normal, na disputa de pênaltis o goleiro Oliver Christian fez a diferença para os campeões.
Mas a emoção maior da grande final ficou para além da cobrança decisiva. Em entrevista à ENews Web Rádio, que realizou a transmissão das finais, Oliver não conseguiu segurar a emoção por não ter o pai por perto nesse momento de conquista, e o vídeo do pequeno goleiro emocionado logo se espalhou pelas redes sociais. Confira:
Em entrevista ao Portal Esporte Manaus, a mãe de Oliver, a professora Elke Dias, explicou que o pequeno arqueiro de nove anos se emocionou porque é muito próximo ao pai, que sempre o acompanha nas competições que disputa, mas que não pôde comparecer à final porque estava trabalhando.
“O pai dele é um grande incentivador em relação à carreira dele como goleiro. Em todas as partidas ele acompanhava ficando sempre atrás da trave, dando suporte, ajudando e passando confiança. Mas no dia da final o pai dele teve que ir trabalhar na estrada e não pôde comparecer para acompanhá-lo. Eles dois são muito apegados, e nessa hora a pessoa que ele precisava abraçar era o pai. Apesar de eu mãe estar lá, mas o espelho dele é o pai”, afirmou.
Mesmo não podendo comparecer presencialmente, o pai de Oliver, o vigilante Jonas Lopes conseguiu acompanhar a conquista do filho graças à transmissão da ENews Web Rádio. Lopes conta como foi a emoção vendo o filho brilhar em uma final, mesmo de longe.
“Estava acompanhando pelo Facebook e me senti muito feliz e muito orgulhoso do meu filho. A emoção de ver meu filho sendo campeão gigantesca e inexplicável. Só tenho muito orgulho dele e que o Papai do céu possa sempre abençoar ele”, disse.
Mas e o Oliver, como se sentiu durante a partida decisiva? Bom, mesmo sem o maior apoiador por perto, o pequeno goleiro contou com o apoio dos companheiros e da torcida para ajudar o Fast Clube a levantar o troféu.
“No início eu estava nervoso, mas depois confiei em mim mesmo e a torcida confiou em mim, os meus amigos me deram apoio e confiaram em mim, e aí eu defendi o pênalti, e fiquei ainda mais confiante”, contou.
Homenagem no nome e linhagem de goleiros
O nome Oliver não é dos mais comuns no Brasil, mas ao parar para lembrar de pessoas famosas com esse nome, logo vem à mente o ex-goleiro alemão e hoje CEO do Bayern, Oliver Kahn. E o nome do pequeno Oliver Christian foi escolhido pelo pai, justamente em homenagem ao goleiro que marcou época com a camisa do Bayern e da seleção alemã.
Geralmente esse tipo de homenagens a ídolos do futebol são feitas a jogadores de meio-campo ou ataque. É menos comum ver goleiros sendo homenageados dessa forma. Mas a homenagem a Oliver Kahn tem uma boa explicação. O pequeno Oliver vem de uma linhagem de goleiros que defenderam a meta do Fast, clube amador de Itacoatiara.
Jonas Lopes conta que o pai dele, Raimundo José foi goleiro do Fast nos anos 80 e que ele também vestiu a camisa do clube entre 2010 e 2015, e que agora o bastão foi passado a Oliver, que já está no clube há quatro anos. O pequeno goleiro começou a gostar de futebol desde muito novo, até porque sempre acompanhava o pai pelos campos. Oliver se inspira no goleiro da seleção brasileira Alisson, mas tem como maior ídolo o pai.
Além de estar seguindo os caminhos do avô e do pai defendendo a meta do Fast, Oliver também sonha em se tornar jogador profissional. Elke Dias afirma que o filho terá todo apoio que precisar para realizar seu sonho, mas que por enquanto, o foco do garoto é a escola.
“No momento estamos focados apenas nos estudos dele, até porque ele só tem 9 anos. Daqui a alguns anos é algo a se pensar e planejar. Mas temos sim muito vontade de vê-lo crescer e seguir seus sonhos que é ser um grande jogador profissional”, destacou.