(Foto: Divulgação/STJD)
A Federação Amazonense de Futebol (FAF) protocolou um recurso na instância suprema da Justiça Desportiva contra a decisão da corte amazonense de retomar o Estadual de 2020. De acordo com o advogado da entidade máxima do futebol amazonense, Osvaldo Sestário, o pedido traz argumentos semelhantes aos que foram apresentados ao TJD-AM, que decidiu pelo embargo.
Por mensagem, Sestário disse ainda ao Portal Esporte Manaus que o próximo passo é aguardar o despacho do STJD que vai marcar o julgamento. Ele revelou que a Federação está confiante na possibilidade de a instância superior reverter a decisão e dar o campeonato por enecerrado, que é a vontade da FAF.
Entenda
O Campeonato Amazonense foi paralisado por causa da pandemia de Covid-19 no após a terceira rodada do segundo turno, em Março. No mesmo mês, Federação e clubes se reuniram para decidir o que fazer com a competição e não houve unânimidade. Seis dos oito clubes votaram pelo cancelamento do campeonato, anulando tudo o que foi jogado, enquanto Amazonas FC e Penarol queriam o encerramento da competição, pleiteando que fossem considerados os resultados até o momento da paralisação.
No começo de julho a FAF decidiu encerrar a competição e distribuir as vagas em competições nacionais de 2021 entre os clubes de melhor colocação na classificação geral do campeonato, beneficiando Amazonas FC e Penarol com vagas na Copa do Brasil e Série D, no caso da Onça-pintada da ZL, e Série D no do Leão da Velha Serpa. Por ser campeão do primeiro turno, o Manaus já tinha uma vaga na Copa do Brasil garantida.
A decisão gerou protestos e Fast e Nacional deixaram a rivalidade de lado, se unindo num recurso contra a decisão da FAF no Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas, pleiteando que os representantes do Estado nas competições nacionais de 2021 fossem conhecidos pelo Ranking Nacional de Clubes (RNC), o que obviamente beneficiaria a dupla.
Até o Manaus entrou na disputa, mas para ser declarado campeão, por ter vencido o primeiro turno. Amazonas e Penarol defenderam que a decisão fosse mantida. Só que no dia 17 de agosto, a decisão TJD surpreendeu e desagradou a todos. A corte entendeu que o melhor caminho para definir as equipes com calendário em 2021 seria terminar o campeonato no campo, com flexibilização nas regras de inscrição de atletas e jogos remarcados para antes do início do próximo Estadual.