Fajardo enaltece atuação do Naça, mas alerta: “Foi apenas o primeiro tempo da ‘final'”
O treinador encerrou uma sequência de quatro jogos sem vitórias e quebrou um jejum de nove anos contra o Manaus no mata-mata do Barezão
No último sábado (11), o Nacional conseguiu encerrar uma sequência negativa de quatro jogos sem vencer neste Barezão. O Leão da Vila Municipal. Na Colina, o Leão saiu atrás, mas conseguiu virar o jogo e construiu o placar de 3 a 1. Agora, no jogo de volta, o maior campeão do Amazonas pode perder por até um gol de diferença, que avança para as semifinais.
Além do jejum de vitórias no Estadual, o Nacional voltou a superar o Manaus em uma partida de mata-mata, que não acontecia desde 2014. Feitos que ilustram bem a grande tarde que teve o Leão.
Um personagem em comum entre as equipes não pode deixar de ser Welington Fajardo, treinador no histórico ano de 2019 do adversário. Eram quatro jogos, totalizando pouco mais de um mês sem saber o que era vencer. Apesar da boa vantagem, o comandante azulino enalteceu a qualidade do outro lado e afirmou que não tem nada ganho. Há muito chão na segunda partida.
“Foi uma semana em que treinamos exatamente isso que fizemos no jogo, um time que jogou o tempo todo pro ataque. Nós fizemos as alterações para que a gente pudesse ter um time bem ofensivo já que a gente tinha que tirar essa vantagem. Quero deixar enfatizado aqui o respeito que nós temos pelo Manaus, um time de Série C, que possui quatro vezes o nosso orçamento, estamos disputando com uma equipe bastante tarimbada, com excelentes jogadores e um bom treinador. Sabemos que foram somente noventa minutos, o primeiro passo dado e logicamente existe uma euforia da torcida pelo placar, mas segunda feira pezinho no chão para trabalhar que foi apenas o primeiro tempo da final”, afirmou Fajardo.
A pressão da torcida nas arquibancadas e nas redes sociais por resultados se converteu em muito apoio na Colina. Habitualmente uma equipe que saía na frente e não conseguia por vezes segurar o resultado, o Leão largou em desvantagem e foi buscar a recuperação nos últimos dois jogos. Para as quartas de final, Fajardo teve semana cheia, fundamental para integrar os últimos jogadores contratados, decisivos no triunfo contra o Gavião: Kiko e Daniel Passira.
“A performance não estava de acordo com os resultados, a gente tava jogando bem e entre um vacilo e outro a gente não conseguia vencer, mas hoje o foi um time assim, nós tivemos mais opções de banco os jogadores que entraram, tanto o Passira que fez o gol, quanto o Kiko. O treinador luta de acordo com as armas que tem, quanto mais armas tiver você tem um hall de possibilidades para as mexidas. A gente recebe as críticas, que são normais e eu aceito muito bem, mas a pessoa não sabe que a gente tá com falta de opção para alguma posição e quando você tem um grupo igual o nosso, onde os jogadores se desdobraram para fazerem funções que muitas vezes não eram a sua posição. A gente fica mais seguro quando tem os reforços e é o grupo que principalmente leva esses reforços para ajudarem dentro do campo” finalizou o professor.
O jogo de volta entre Manaus e Nacional está marcado para a próxima segunda-feira (20), às 20h, na Arena da Amazônia. Um simples empate ou até mesmo derrota por um gol de diferença classifica o Leão. Do outro lado, o Gavião terá que vencer por dois ou mais gols de diferença para reverter o quadro.
Sob supervisão e edição de Lucas Queiroz
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