(Foto: Divulgação)
No dia 28 de junho comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, e assim como em outras áreas da sociedade, no futebol a data também foi lembrada e celebrada. Desde o final de semana, clubes brasileiros tem se posicionado e adotado iniciativas em prol da causa da comunidade. No Amazonas, o Fast foi o único que clube que se manifestou em relação à data.
A publicação do Rolo Compressor foi composta por uma imagem do escudo do clube com um fundo nas cores da bandeira LGBTQIA+ e com a legenda destacando o posicionamento em relação a intolerância e ao preconceito.
“O futebol não tem espaço para preconceito! O FAST CLUBE apoia a luta contra a homofobia e a transfobia. Somos Todos Iguais!”. Por conta do posicionamento, a publicação do Tricolor teve comentários de apoio e torcedores se mostrando “orgulhosos”, mas também foi alvo de comentários contrários e até homofóbicos de alguns internautas.
Entre os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, até o fechamento desta matéria, na noite desta segunda, apenas Athletico Paranaense e Ceará não haviam se manifestado. No domingo, Flamengo, Fluminense e Vasco entraram em campo com uniformes, que levavam as cores da bandeira LGBTQIA+. O Vasco publicou ainda uma carta denominada “Respeito e Diversidade”, enfatizando o movimento do clube contra a homofobia e a transfobia no esporte brasileiro.
Na partida entre o Cruzmaltino e o Brusque pela Sèrie B, o atacante argentino German Cano comemorou levantando a bandeirinha de escanteio de São Januário, que também levavam as cores da bandeira da causa.
Crime
Em junho de 2019, o STF decidiu pela criminalização da homofobia e da transfobia, determinando que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89). Constitui crime praticar, induzir, ou incitar a discriminação ou preconceito em razão da orientação sexual de qualquer pessoa. A pena pode variar de um a três anos, mais multa, podendo chegar a cinco anos se houver divulgação do ato homofóbico em meios de comunicação, como nas redes sociais.
Mortes
De acordo com o relatório Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil, em 2020, 237 pessoas da comunidade LGBT+ (1ésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia. Foram 224 homicídios e 13 suicídios, segundo o relatório.
O relatório mostra ainda que, observou-se em 2020 redução das mortes violentas de LGBT+: de 329 para 237, diminuição de 28%. O ano recorde foi 2017, com 445 mortes, seguido em 2018 com 420.