(Foto: Antônio Assis/FAF)
O Fast enviou com um pedido formal junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitando o adiamento da partida de ida das quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro, contra o Novorizontino, marcada para este domingo (3), na Arena da Amazônia, em Manaus. O clube tem nove casos de Covid-19 confirmados, sendo oito atletas, e contabilizou outros 10 membros da equipe com sintomas, mas que ainda não testaram positivo.
O Rolo Compressor divulgou na noite deste sábado (2) uma nota informando que fez um pedido formal à CBF para que o jogo seja adiado e ainda não recebeu resposta. Até o momento, a entidade máxima do futebol não se manifestou publicamente sobre o assunto.
Confira a nota do Fast na íntegra:
Nota oficial
Comunicamos que oito atletas do nosso time e o auxiliar técnico Igor Oliveira, testaram positivo para covid-19, em exames realizado na quinta-feira.
Infelizmente a nefasta situação da pandemia da covid-19, voltou a se alastrar por nosso país, principalmente em nossa cidade, com relatos de instalação de câmeras frigoríficas e superlotação em hospitais públicos e privados, bem como pela falta de leitos em ambos.
Além dos atletas infectados, mais dez atletas também estão com sintomas do vírus.
Em razão disto, o departamento jurídico do clube, solicitou neste sábado a Confederação Brasileira de Futebol – CBF, o adiamento da partida contra o Novorizontino-SP, marcado para ocorrer neste domingo (03), às 15h, na Arena da Amazônia, contudo, até o presente momento, não recebemos a resposta da entidade.
Insta destacar que, se algum atleta, membro da comissão técnica e da diretoria de ambos os clubes, necessitar de algum atendimento de urgência e emergência, não há disponibilidade de leitos em nossa cidade.
Nesse momento triste vivido no mundo, em que muitas famílias perderam seus entes queridos, ressaltamos que o futebol, apesar de apaixonante, não pode se sobrepor à dignidade da pessoa humana, o direito à saúde e a vida, que norteiam o nosso país.
Não obstante, o Fast Clube disputou 18 (dezoito) partidas na série D, tendo percorrido um árduo caminho para chegar à partida decisiva, não sendo justo, por questão de saúde pública e de meritocracia, disputar um jogo decisivo, quiçá o mais importante em seus 90 (noventa) anos de história, sem os guerreiros que foram acometidos por um vírus, que tem atingido toda população.
Por fim, ressaltamos que nesse momento, o que importa são o bem-estar e a vida de todos os envolvidos, afinal, nessa briga não existe adversário ou rival.
Enquanto a indefinição sobre a condição de saúde dos atletas ronda o Tricolor de Aço, a partida de ida das quartas de final da Série D segue marcada para as 15h (de Manaus) deste domingo (3), na Arena da Amazônia. A equipe do Novorizontino já está na capital amazonense desde quinta-feira (1) e para que aconteça a partida, o protocolo da CBF prevê o número mínimo de 13 atletas saudáveis por equipe. Atualmente, o elenco de Lecheva conta com 29 atletas.
Este é o segundo surto da doença no clube no intervalo de cinco meses. No mês de agosto, quando o grupo se preparava para estrear na Série D, nove atletas e três membros da comissão técnica testaram positivo e ficaram afastados dos treinamentos.