Treinador comandou seu primeiro jogo de Barezão a frente do Gavião, e projetou um novo campeonato a partir das quartas de final
O Manaus saiu na frente, mas não conseguiu segurar uma vitória que seria fundamental para amenizar a fase tensa dos últimos dias. O empate em 1 a 1 contra o Nacional ficou com um gosto amargo por conta do gol sofrido aos 42 minutos do segundo tempo, mas serviu para encerrar uma série de três derrotas seguidas na temporada.
Foi o primeiro jogo do técnico Higo Magalhães em casa e no Campeonato Amazonense a frente do Manaus. A estreia se deu na eliminação do meio de semana para o Camboriú-SC, pela Copa do Brasil. A equipe juntou os cacos e partiu para tentar a recuperação no Estadual, praticamente sem tempo de treinamentos, focado na recuperação física do elenco, mas com muita conversa para reparar erros, foi o que ressaltou o treinador esmeraldino.
“A gente sabia da dificuldade, até pelo pouco tempo para trabalhar. Tive somente um treino com a equipe principal, que teria a oportunidade de começar o jogo, antes do duelo da Copa do Brasil. Depois da viagem, tínhamos que recuperá-los. Então os ajustes foram mais na conversa, num posicionamento bem parado, de recuperar a confiança, porque a gente sabia do duelo, do clássico, contra um treinador muito experiente, que conhece a competição. Ficaram claras algumas coisas pra gente corrigir nessa semana cheia de trabalho. Agora entra o mata-mata, todas as equipes com condições de avançar de fase”, avaliou.
Depois da maratona de jogos de meio e fim de semana envolvendo três competições, o Manaus ficou vivo somente no Campeonato Amazonense, onde tem a responsabilidade de defender o bicampeonato. Mesmo com pouco tempo de casa, Higo identificou questões anímicas, mas se apega na virada de chave para as quartas de final do Estadual e a semana livre para implantar cada vez mais suas ideias de jogo.
“Ajustamos algumas coisas em termos de agressividade, em incomodar mais o adversário. Na reta final do jogo, o Nacional começou a achar passes com movimentações dos atacantes. Aí faltou um pouco daquele ímpeto, de estar mais vivo dentro do jogo, dificultar essas ações. Isso nós vamos ajustar. Já melhorou muito, mas toda oportunidade você tem que dar um passo a mais. O que me chamou a atenção e gerou preocupação foi a confiança. Depois do gol sofrido, nosso time “baixou” pela dificuldade, os resultados passados. O mata-mata é zerado pra todo mundo, quem for mais lúcido nesses dois duelos terá a felicidade de passar de fase”
Diante do mesmo Nacional nas quartas de final nos próximos dois finais de semana, a equipe tem a vantagem de avançar em caso de empate na soma dos placares. Uma reação na reta final do Barezão pode ser a oportunidade de alavancar o trabalho e aumentar a confiança de todos para o restante da temporada, que ainda reserva a disputa da Série C do Brasileiro.
“Mecanizamos algumas situações de movimentação e pedi essa coragem para tentar mesmo sem ter trabalhado no campo. Isso é repetição. Eu sou um cara muito vivo na área técnica, transporto energia pra dentro do campo. Hoje nos preocupou muito o peso da Copa do Brasil, valia muito. Sentimos fisicamente em determinado momento do jogo, o adversário estava recuperado. Tem muita coisa boa que surgiu hoje, ficamos chateados porque tínhamos o resultado, mas o adversário teve seus méritos para igualar o duelo”, concluiu.
Confira os melhores momentos de Nacional 1 x 1 Manaus: