Instituído pela CBF, a FAF aderiu ao futebol misto e foi de duas meninas em 2023 para 22 em apenas duas categorias na atual temporada do esporte que é paixão nacional
Regulamentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2023, o futebol misto tem sido um importante mecanismo para promover a igualdade de oportunidade no futebol brasileiro. Atuante na luta pela inclusão e representatividade feminina, a Federação Amazonense de Futebol (FAF) colaborou diretamente para o aumento de 1000% da participação feminina no futebol de base amazonense em 2024.
Apenas nas disputas do Barezinho Sub-8 e Sub-10, 22 meninas estiveram em campo na Arena da Amazônia, na rodada de estreia das competições, no último domingo (12).
Esse número expressivo é 1000% vezes maior do que o recebido em 2023, quando apenas duas futuras atletas, Maitê (São Raimundo) e Sophie (Amazonas FC) disputaram essas mesmas categorias dos campeonatos de base. Nesta temporada as mesmas seguem inscritas, porém agora contam com mais 20 meninas com os mesmo sonhos e oportunidade.
O presidente da FAF, Ednailson Rozenha destacou a atuação que atende ao instituído pela entidade máxima do futebol brasileiro, ele garante que a atual gestão da Federação está animada com o início promissor, mas afirma que o objetivo é proporcionar ainda mais a igualdade de oportunidades e de gênero no futebol praticado em terras barés.
“Eu costumo dizer que as mulheres são e sempre serão a bola da vez no futebol amazonense. Em uma terra onde a atuação feminina é fundamental em vários âmbitos da sociedade, no esporte em que tanto amamos, não poderia ser diferente. Enquanto essa gestão estiver à frente desta entidade, teremos não só a instituição do futebol misto, mas de todos os mecanismos e formas de promover a igualdade de gênero. Desde os nossos primeiros passos, caminhamos e sempre caminharemos na árdua e valiosa estrada da inclusão”, declarou o mandatário.
Em 8 de maio de 2023, a CBF instituiu que as competições amadoras poderiam ser mistas no Brasil, o que possibilitou que as atletas agora podem fazer parte de equipes masculinas e que equipes, exclusivamente femininas poderão participar de competições masculinas, a critério de cada entidade organizadora. A nova regra pode ser aplicada em todas as categorias, da iniciação esportiva ao futebol amador adulto.
Reparação histórica
Atuações como a da CBF e FAF visam, além de tudo, reparar a injustiça histórica cometida contra o futebol feminino no Brasil, que chegou a ser proibido por quase 40 anos, durante o século XX e que mesmo no presente momento ainda continua a sofrer com discriminação e falta de incentivos.
A promoção do futebol misto ganha ainda mais importância, quando é lembrado que foi desta prática, àquela altura ainda informal, que surgiram craques e mulheres fundamentais para história e desenvolvimento do futebol feminino brasileiro, como Sissi, Michael Jackson, Formiga e Marta.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Federação Amazonense de Futebol (FAF)