Com intervalo curto entre as partidas, o treinador do Amazonas quer prevenir elenco de lesões. Onça busca a primeira vitória no Barezão
Sem tempo para lamentações após estrear com derrota para o Manauara no Barezão 2023, o Amazonas teve apenas dois dias de trabalho e já fechou a preparação para voltar a campo nesta quarta-feira (1º) contra o Rio Negro, pela segunda rodada da competição.
Na atividade realizada no CT do 3B na manhã desta terça-feira (31), apenas o atacante Betinho foi desfalque, em tratamento de lesão na panturrilha. O jogador, que sentiu no aquecimento da última partida, deve ficar fora de combate mais uma vez.
O técnico Rafael Lacerda fará mudanças pontuais na equipe para encarar o Galo. Há uma preocupação da comissão técnica neste início de temporada quanto à carga de jogos consecutivos, com um um curto intervalo entre eles. É preciso dosar na parte física para não “estourar” nenhum atleta.
“O período é muito curto, não dá nem tempo de treinar muito, é mais na base da conversa, vídeos. Conseguimos mostrar nosso próximo adversário aos atletas, falamos também de algumas situações que aconteceram durante o jogo. Jogos a cada três dias fica difícil, por isso a gente tem um grupo, teremos mudanças pra essa partida, e mesmo se a gente tivesse ganho, teria mudanças, estava programado isso. Não chega ser um rodízio, mas alguns jogadores têm um desgaste maior, então a gente vai fazer esses trocas necessariamente pra essa partida, provavelmente no sábado também terão outras trocas, a gente não pode garantir, mas essa é a intenção”, disse.
Pela continuidade do trabalho, projeção e estrutura, o Amazonas é um dos claros favoritos ao título do Campeonato Amazonense. Apesar da derrota ter surgido logo no primeiro confronto, não há terra arrasada na Onça-pintada. Lacerda vê a pressão depositada sobre a equipe como um fator normal do esporte e acredita que o revés traz possibilidade de consertos imediatos.
“Sempre vai ter pressão e eu gosto disso. Falei para os atletas que estamos pressionados, mas esse é o gostoso do futebol, não pode ter medo. Essa pressão é o que move o futebol, eu sou feliz na profissão que eu tenho justamente por causa disso, esse frio na barriga. Mas eu tenho certeza que as coisas vão caminhar bem, o grupo é trabalhador, sabe do que quer, o clube nos dá toda condição de trabalho […] Com certeza muitas pessoas vão dizer que o Amazonas não vai conseguir chegar, que o Amazonas é aquilo […] Se alguém achar que o Amazonas não é uma equipe forte ou que não vai ser uma equipe que vai brigar pelo título, a gente respeita e vamos trabalhar pra gente conseguir os nosso objetivos”.
“É um momento que a gente começa a competição com uma derrota, não era o que a gente esperava, mas as vezes ela serve pra trazer coisas boas. Entendemos que os ajustes são necessários e as derrotas nos trazem isso. Muitas vezes a gente tá ganhando, as vezes não está rendendo e as pessoas acham que as coisas estão certas e não estão. Então conversamos e analisamos, assisti a partida duas vezes para entender, buscar soluções e não acontecer mais”, concluiu.
A bola rola para Rio Negro e Amazonas a partir das 15h30 desta quarta-feira (1º), no estádio da Colina. Mandante do jogo, o Galo colocará ingressos à venda na bilheteria do local, custando R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).