O capitão do Sapão da Terra Preta não poupou as palavras após a eliminação no Campeonato Amazonense sem vencer nenhuma partida
Com uma nova derrota para o Amazonas, o Operário se despediu do Campeonato Amazonense no último sábado (18). A queda nas quartas de final repete a campanha de 2022 do clube de Manacapuru, que acabou escapando do rebaixamento e se classificou às quartas de final graças a uma punição sofrida pelo Iranduba junto a FAF e ao TJD-AM por manipulação de resultados.
Dentro de campo, desempenho e números para esquecer. Em 10 jogos, foram dois empates, oito derrotas, 18 gols sofridos e apenas dois gols marcados. Desapontado, o capitão Marcelinho, principal referência técnica da equipe, desabafou sobre a postura de atletas na campanha abaixo da crítica no Estadual, principalmente relacionado ao extracampo.
Me coloco dentro porque sou o capitão da equipe, foi um péssimo campeonato. Para os jovens que estão ai é analisar, pensar em tudo que fizeram dentro e fora de campo, se você quiser ser profissional você tem que ter uma disciplina muito rígida, se você quiser jogar em alto nível. As vezes falta isso muito para esses jovens, depois param no meio do caminho mas não sabem o porque, tem a qualidade mas não sabe o porque, mas agora é colocar a cabeça no lugar e eu tenho certeza que a diretoria do Operário tirou muitas lições. Graças a Deus a gente não caiu por toda a situação que aconteceu no campeonato e o Operário tem todo o ano para pensar o que fez de errado e o que é para fazer certo para ano que vem fazer um campeonato melhor.
Logo quando chegou para substituir Ademilson Brito, o treinador Paulo Morgado tornou pública a falta de compromisso de parte do elenco, que influenciava diretamente no rendimento da equipe como um todo. A diretoria agiu no mercado, com chegadas e saídas na esperança da situação melhorar no mata-mata, mas era nítido que só um milagre faria com que o Sapão seguisse adiante.
Marcelinho trouxe à tona os números e classificou como vergonhosa a campanha do Operário. Já aos 38 anos de idade e histórico vencedor, ele deixou em aberto seu futuro como atleta, mas afirmou que ao clube, que só volta às atividades em 2024, ficou um aprendizado para as próximas temporadas.
A gente fez ínumeras reuniões sobre situações extracampo, são jovens e eu entendo, mas eles têm que ter uma postura mais profissional e as vezes vai acontecer de estourar dentro do campo. Eu sendo atleta é uma vergonha a gente terminar o campeonato com dois gols e nenhuma vitória, isso é um absurdo pra mim. Eu podia estar despreocupado já tenho 38 anos e qualquer momento posso anunciar minha aposentadoria, mas eu não consigo. Quando eu entro em campo eu tento competir, tento ganhar, eu quero ganhar e pra mim é um absurdo depois de um jogo, uma derrota ou terminar o campeonato desse no mínimo sorrir. É complicado, não gosto dessa situação que estou, mas estou e encaro com responsabilidade e ano que vem é tirar lição para montar um elenco melhor
Sob supervisão e edição de Lucas Queiroz
Confira os melhores momentos de Amazonas 2 x 0 Operário: