Marinho exalta chegada à final do sub-19 e pede apoio à base do Tufão: “É o alicerce do clube”
Clube conseguiu viajar até Rio Preto da Eva com recursos de uma “vaquinha” e assegurou a vaga na decisão ao bater o JC por 3 a 0
Com autoridade, o São Raimundo despachou o JC por 3 a 0 e se classificou para a final do Campeonato Amazonense sub-19, na última quinta-feira (29). O Tufão da Colina chega invicto e dono da melhor campanha da competição, tendo vencido todos os dez jogos que disputou até então.
Porém, para chegar ao resultado final e vibrar com a vaga, o Tufão da Colina teve que quebrar a barreira da dificuldade financeira. Com recursos escassos, o clube promoveu uma arrecadação nas redes sociais para custear a viagem até Rio Preto da Eva, local da partida, e outras necessidades. O montante de R$ 1.500 foi levantado e a delegação alviceleste conseguiu realizar o trajeto com sucesso.
Ciente das dificuldades e da responsabilidade de conduzir a garotada em campo, o técnico Marinho comemorou a chegada à grande final, fez questão de reconhecer os esforços de Cícero Júnior, diretor das categorias de base, de sua comissão técnica, e aproveitou para desabafar sobre o mínimo apoio que o clube recebe, em contraste com uma campanha impecável de um longevo trabalho.
“Mais um objetivo alcançado. A gente sabe o quanto a gente ralou, foram seis meses de dedicação, entrega do Cícero (gerente das categorias de base do Tufão), toda comissão técnica, as pessoas que nos ajudam. A gente faz um trabalho na base sem apoio nenhum, o apoio que vem é mínimo, precisamos rever isso, porque a base é o alicerce do clube. É um trabalho bem executado, é um time que tem dois anos junto, em sequência, trabalho à longo prazo”, ressaltou.
O resultado de 3 a 0 construído nos primeiros 45 minutos poderia ter sido ampliado na segunda etapa, onde o Tufão até teve oportunidades, mas parou no goleiro Jarleson e na falta de capricho nas finalizações. Ex-atacante de gabarito, Marinho chamou a atenção para a atuação dos garotos e destacou que vai trabalhar a efetividade já focando na final.
Final essa que não tem data para acontecer. Isso porque, a outra semifinal entre Sul América e Princesa do Solimões, marcada inicialmente para esta sexta-feira (30), foi suspensa por conta de uma denúncia de possível escalação irregular envolvendo um atleta do Sulão. O caso vai a julgamento na próxima segunda-feira (3) no TJD-AM para definir os rumos da competição. Já garantido na decisão, o Tufão aguarda o adversário para brigar pelo título.
É a terceira vez só nesta edição, que a competição é interrompida por questões judiciais envolvendo denúncias de escalações irregulares. Na primeira ocasião, o hiato durou mais de um mês, o Penarol foi condenado a perda de pontos e multa, recorreu, mas acabou ficando de fora da sequência da disputa. A segunda envolveu o JC, que acabou absolvido e foi liberado para jogar a semifinal contra o Tufão. Marinho analisou a situação e lamentou a quebra do ritmo de jogo causada pela falta de sequência da disputa.
“Feliz pela classificação, mas não tão satisfeito com o desempenho no segundo tempo. Fizemos por merecer o resultado no primeiro tempo, no segundo poderíamos ter ampliado nossa vantagem, mas pecamos muito. Vamos trabalhar e esperar agora, mais uma paralisação que parece que vem pela frente. Isso só prejudica o nosso trabalho em todos os sentidos. A gente vinha em ritmo de competição, essas paradas acabam causando oscilações, mas temos fé que vamos manter o foco e buscar nossa tão sonhada conquista”, concluiu.
Confira os melhores momentos de JC 0 x 3 São Raimundo:
