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Mateus: “Não chegamos a conversar sobre renovação”

(Foto: Divulgação/Manaus FC)

Na última quarta-feira (30), chegou ao fim o contrato do atacante Mateus Oliveira com o Manaus FC, e o atleta de 33 anos deixou o clube. Com a camisa do Gavião do Norte, o “M99” disputou 41 partidas e marcou 13 gols, tendo participação nas campanhas do título estadual e do vice-campeonato da Série D, que culminou no inédito acesso do clube, em 2019. De quebra, Mateus foi o artilheiro do Manaus na competição nacional, com oito gols marcados.

Em entrevista ao Portal Esporte Manaus, o agora ex-jogador do Manaus fez um balanço dos feitos pessoais e coletivos em sua passagem e exaltou a evolução do clube, que alcançou os objetivos traçados e se encontra em um estágio acima de quando chegou.

“Tiro um saldo positivo pelo fato de estar saindo de um clube com todos os objetivos alcançados nessas quase duas temporadas, desde campeonato estadual, acesso à Série C, além de ter sido artilheiro do time na campanha. Esse ano já havíamos conseguido o primeiro turno do estadual, além de termos avançado à segunda fase da Copa do Brasil, vencendo um time de Série A, onde participei diretamente do gol. Em termos individuais fui participativo, então o saldo foi positivo. Como costumo falar, nesses um ano e seis meses, o Manaus mudou de patamar, é outra visibilidade e eu pude participar de tudo isso, tudo que o clube vive, pude ajudar”, destacou.

Titular absoluto sob o comando de Wellington Fajardo, que deixou o clube em agosto, Mateus perdeu espaço com a chegada de Luizinho Lopes. Ele até iniciou como titular nas duas primeiras partidas do novo treinador – contra Botafogo-PB e Jacuipense-BA -, mas acabou substituído na segunda etapa em ambas por Paulinho Simionato, que assumiu a titularidade na rodada seguinte, contra o Paysandu, e marcou o gol da vitória.

Atacante em ação contra o Vila Nova, na estreia do Manaus na Série C. (Foto: Ismael Monteiro/Manaus FC)

Daí em diante, o camisa 99 foi pouco foi utilizado e com a renovação de contrato de Paulinho, concorrente de posição, a sua permanência foi ficando cada vez mais distante. Questionado se algum fato foi determinante para a saída, o centroavante destacou a confiança que tinha do antigo treinador, admitiu o mau momento e declarou que foi sequer procurado pela direção para tratar de uma possível renovação no vínculo.

“Não existiu nada determinante (para a saída), é futebol. No início do ano era outro treinador onde havia uma confiança em mim, joguei quase todos os jogos com ele. Daí houve a troca de comando, um novo treinador chega, tem suas preferências e eu também não vinha tendo um momento feliz, não fui bem nos três primeiros jogos na Série C. Houve a oportunidade ao Paulinho, que deu continuidade e assim fomos chegando ao fim do contrato. Lógico que a tendência de ficar é quem está jogando, o clube optou por renovar com o Paulinho e eu segui minha vida, não houve um acerto, não chegamos a conversar sobre renovação. Como disse na minha despedida, é um ciclo que acabou e acabou bem, deixo portas abertas e não saio pela porta dos fundos. No futebol tem dessas coisas, tem momentos que as coisas não acontecem do jeito que queremos. A diretoria optou por ficar com o outro atacante e vida que segue”, relevou Mateus.

Livre no mercado, o atacante, que deixou as portas abertas para um possível retorno ao Gavião no futuro, revelou que tem algumas propostas na mesa, não deu pistas do destino e disse ainda estar decidindo o melhor lugar para atuar no restante da temporada.

“Já tem alguns projetos para os próximos dias, acredito que no início da próxima semana eu já esteja em algum clube. Resolvendo questões burocráticas e escolhendo o melhor lugar para ir. Só tenho a agradecer ao Manaus pela visibilidade que me deu, com poucos dias de término de contrato, já recebi algumas propostas para seguir a carreira”, finalizou o agradecido Mateus.

Juntamente de Mateus, o clube também anunciou a saída do meio Diogo Peixoto. Em virtude da extensão do calendário da Série C, muitos contratos que se encerrariam no fim do mês de setembro tiveram de ser renegociados, como no caso de Rossini, que chegou a estar fora do clube, mas em uma reviravolta, conversou novamente com a diretoria e acertou a renovação até o fim da competição. Além do camisa 10, Thiago Spice, Gleibson, Paulinho Simionato e Gilson Alves tiveram seus vínculos estendidos.

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