Autor do gol do título, Márcio Passos fala em redenção no Manaus: “Ninguém esquece que fui vilão”
(Fotos: João Normando/FAF)
Um pênalti isolado numa final de Campeonato Brasileiro. O volante e zagueiro Márcio Passos viveu uma experiência que, em alguns casos, acaba com carreiras no futebol. A pressão psicológica por ter falhado num momento capital, mais o julgamento dos torcedores põe em xeque o futuro de qualquer um no esporte. São poucos os que conseguem dar a volta por cima.
Hoje, Márcio Passos pode dizer que é um desses poucos. De novo foi dele a última bola num momento capital. Até os 51 minutos do segundo tempo do jogo de volta da decisão do Campeonato Amazonense, o título estava nas mãos do São Raimundo. Quis o destino que a bola sobrasse para o mesmo jogador, na mesma trave onde tudo tinha acontecido há quase dois anos.
Só que se tem uma coisa que o esporte adora ensinar é que sempre teremos uma segunda chance. Após o pênalti que enterrou as chances de o Manaus ser campeão brasileiro em 2019, Márcio deixou o Gavião, mas retornou para ser um dos homens de confiança do técnico Luizinho Lopes. De novo caiu nos pés dele a esperança do torcedor esmeraldino, mas dessa vez o final foi diferente. Um golaço de fora da área que fez a taça mudar de endereço no apagar das luzes. Para o Manaus, o tetra, para Márcio Passos, redenção.
Márcio vê no Manaus o merecimento de um time que foi melhor enquanto equipe ao longo de toda a competição.
“Um grupo é marcado por conquistas e o nosso é muito bom. Lutamos, e em todos os jogos do campeonato fomos melhores que os nossos adversários. Não ganhamos de todos, mas creio que fomos melhores em todos os jogos. A gente merecia. Deus quis que fosse assim, dessa forma. Eu sou só mais um batalhador que está aí buscando levar o Manaus mais acima”, concluiu.