Integrantes da equipe Manaus Ouroboros tem buscado chamar a atenção para atrair novos atletas ao esporte auto arbitrário
Não somente os esportes tradicionais têm a devida atenção e importância no “Manaus Esportiva”, programa da Fundação Manaus Esporte (FME), apoiado pela Prefeitura de Manaus. Nos últimos dias, as portas da Minivila Olímpica do Coroado foram abertas para o ultimate frisbee, modalidade que ainda tem pouca visibilidade e conhecimento no Brasil.
O ultimate frisbee é um esporte coletivo praticado com um disco, sem árbitros, que permite que os jogadores dialoguem para reconhecer erros e acertos. O objetivo do jogo consiste em marcar pontos passando o disco para um companheiro de equipe na área adversária. O esporte tem semelhanças com o rugby, basquete e o futebol americano.
O número de jogadores varia de acordo com o ambiente em que é jogado, sendo geralmente cinco jogadores na praia e recintos fechados, e sete no campo. O jogador em posse do disco não se pode movimentar em campo, e o seu defensor tem de evitar qualquer contato físico.
Os passes devem ser feitos entre os jogadores em um tempo máximo de 10 segundos e podem ser feitos em qualquer direção. Os times trocam de campo a cada ponto e ao completar nove, o primeiro tempo é encerrado.
A Minivila tem sido aproveitada por estudantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que compõem o time Manaus Ouroboros, que eles mesmos deram o pontapé inicial há cinco anos. A experiência na Minivila tem servido também como um laboratório para chamar a atenção da comunidade e futuramente tornar-se um esporte fixo da grade do Manaus Esportiva.
“O esporte começou aqui para nós em 2017, numa “pelada” com discos próprios. A partir daí, fomos nos aprofundando e gostando mais da modalidade. Criamos o time e começamos a receber convites de outras federações para participar de campeonatos, cursos e tudo mais. Foi difundindo, só deu uma estagnada na pandemia”, disse Gabriel Aguiar, capitão do Manaus Ouroboros.
Além da peculiaridade de não ter um juiz para mediar as ações, o ultimate frisbee tem outra peculiaridade de ter dois capitães em cada equipe: um padrão de liderança, como é Gabriel, e outro de espírito de jogo, função de Viviana Garrido, ajudando a manter a ordem nos cinco pilares: saber as regras, evitar contato físico, aproveitar e se divertir durante o jogo, ser imparcial e ter uma comunicação respeitosa durante o jogo. Ela explica a importância de que todos os atletas joguem cientes do que podem ou não fazer, e como isso é aplicado no ultimate frisbee.
“É um jogo auto arbitrado, não tem juiz. Todos temos a obrigação de saber as regras. Quando acontece alguma falta ou movimento mais brusco, a gente para, conversa e tenta resolver dentro do jogo. Se isso não acontece, a gente volta para a última jogada antes do disco ter chegado naquela posição. Tudo isso dentro de um ambiente divertido, que a gente consiga conversar e ser justo nas nossas decisões”, destacou Viviana.
O programa Manaus Esportiva trabalha com o intuito de oferecer ainda mais opções de atividades e lazer à população. Dirsley Dangelo, coordenador da Minivila Olímpica do Coroado, reforça a relevância de abrir espaço e oportunizar jovens a difundir uma nova modalidade no cenário amazonense.
“Queremos ajudar e difundir o esporte, eles precisam de apoio. Vamos oferecer o espaço para eles aqui. Com o apoio da Prefeitura de Manaus, quem sabe a gente não consiga atrair mais adeptos para esse esporte, que é pouco conhecido aqui no Amazonas, no Brasil. É uma turma de estudantes aplicada, que já vem de um longo trabalho juntos, vale a pena oferecer um espaço”, concluiu.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Fundação Manaus Esporte (FME)