Pela 1ª vez fora do RS, Paulo Henrique destaca entusiasmo por ano do Manaus: “Competições atrativas”
Novo treinador esmeraldino para 2023 fez toda a carreira no Rio Grande do Sul e foi apresentado junto dos 25 atletas na última quarta (4)
Cheio de novidades, o Manaus FC começou a temporada de maneira oficial na última quarta-feira (4), com a apresentação formal do elenco com 25 atletas e os membros da comissão técnica. Entre eles, um sorridente Paulo Henrique Marques, novo técnico esmeraldino para um 2023 que marca o aniversário de 10 anos do clube.
Aos 57 anos de idade, Paulo Henrique vai comandar pela primeira vez na carreira uma equipe fora do Rio Grande do Sul, sua terra natal. Por lá, ele treinou São Luiz, Caxias, Ypiranga, São José e Novo Hamburgo, seu último trabalho. Animado com a oportunidade, Paulo afirmou que o calendário com quatro competições do Gavião fez a diferença e o seduziu.
“O ano do Manaus é muito legal, tem Estadual, Copa Verde, que é muito atrativa, Copa do Brasil, que é boa demais, e a Série C. O aceite não foi pela parte financeira, porque lá no Sul eu já estava num nível muito legal, pelos trabalhos que eu tinha feito. Vim para abrir um mercado novo, pelas competições que o Manaus tem, foi o principal”, disse.
Junto da caminhada em outro estado, vem também a adaptação a uma nova realidade. Diferente do que Paulo Henrique estava habituado no futebol gaúcho, a pré-temporada no Manaus terá 27 dias no total. No Sul, as equipes costumam iniciar as atividades no começo de dezembro.
No dia 2 de janeiro, os atletas se apresentaram, passaram por testes físicos e exames médicos, e dali em diante partiram para os trabalhos em campo. De acordo com o treinador esmeraldino, o curto espaço de tempo não deve ser um obstáculo para que o time esteja pronto para estrear no Estadual no dia 29, contra o RPE Parintins.
“É diferente, não estava acostumado. No Sul, tínhamos de 40 a 50 dias de preparação, um pouquinho mais de tempo para colocar o que temos de ideia. Disse aos atletas que estou dando dois a três passos por dia, preciso acelerar para colocar as coisas mais importantes. Já temos trabalhado a parte técnica e tática para começar a definir algumas coisas o mais rápido possível, como definir um modelo e trabalhar em cima dele”.
Apesar do bicampeonato amazonense, o 2022 do Manaus ficou com um gostinho de “quero mais” para a torcida, principalmente pela campanha na Série C, onde o clube acabou não alcançando a classificação ao quadrangular final, mas assegurou a permanência para disputá-la pelo quarto ano seguido. Paulo Henrique entende as cobranças como algo natural do futebol.
“Cobrança tem em todos os lugares. Trabalhei em lugares com pouca gente nas arquibancadas, mas muito chata, faz parte. Tu tem que apresentar um bom futebol, que é o que o torcedor quer ver, isso em qualquer lugar do mundo. Esperamos fazer um bom trabalho, uma equipe competitiva, que jogue pra frente, que busque sempre o gol, principalmente em casa, o torcedor acaba vindo pro teu lado”, ressaltou.
As histórias de Manaus e Paulo Henrique Marques já se cruzaram em 2019, no principal momento da história do clube. O treinador comandava o Caxias, que acabou derrotado pelo Gavião do Norte nas quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro daquele ano, e viu o acesso ficar na capital amazonense. Agora do outro lado, ele relembra o encontro há três anos e pretende escrever uma história positiva com o Manaus.
“No jogo de ida em Caxias, perdemos um pênalti aos 47 do segundo tempo, a vantagem seria maior, esfriaria o jogo de volta. Nosso espírito lá ficou como se já tivéssemos perdido o acesso. Mas passou, que bom que vim aqui para o Manaus, quero ser muito feliz aqui, estou satisfeito com esse começo. A recepção de todas as pessoas do clube, com a adaptação a uma nova cultura”, concluiu.