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Pioneirismo feminino: final da Copa da Floresta terá primeira narradora da história da TV aberta amazonense

Mentoriada por outra narradora pioneira, Suelen Gonzaga comandará as emoções de Fonte Boa x Silves na TV Encontro das Águas, emissora oficial da competição

Em sua segunda edição, a Copa da Floresta dá continuidade aos legados de inclusão e representatividade enraizados desde sua criação. A grande final desta temporada, em Fonte Boa, terá a primeira narradora da história da TV aberta do estado do Amazonas. A pioneira será a jornalista, Suelen Gonzaga, que comanda a transmissão da TV Encontro das Águas, emissora detentora dos direitos de transmissão da decisão da maior competição de futebol não profissional da região Norte do Brasil.

A caminho de escrever seu nome na história do esporte e da televisão amazonense, ela revela que o momento marcante que se aproxima já emocionou os profissionais responsáveis por essa conquista e destaca ainda, o fato de a histórica transmissão ser realizada em uma competição tão representativa para o povo amazonense, como a Copa da Floresta.

“Estamos prontas. Estamos preparadas para essa grande final, um momento realmente muito especial, já nos emocionamos esses dias junto com a equipe da TV. Vamos dar esse start, vamos abrir essa porta, abrir esse caminho tão importante e que bom que é na Copa da Floresta, uma competição tão significativa para a nossa gente, para o nosso povo. Eu espero que nossos espectadores acompanhem e que curtam o nosso trabalho, porque ele foi preparado com muita dedicação e carinho”, assinalou a narradora.

Pioneira no cargo, a Diretora de Comunicação da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ennas Barreto, exaltou a iniciativa e também demonstrou sua emoção por presenciar e fazer parte de mais uma conquista para as mulheres que tanto lutam pelo esporte amazonense.

“Ver uma mulher, pela primeira vez, narrar uma partida na TV aberta do nosso estado é um eco poderoso de tudo o que as mulheres têm conquistado no esporte. É um grito de vitória, um símbolo de que o futebol é, e sempre será, um espaço para todos que ousam sonhar e lutar. Essa conquista não é apenas da Suelen, da FAF, mas de todas as meninas que vão ouvir essa narração e acreditar que também podem estar onde quiserem, inclusive no protagonismo do futebol. É um privilégio e uma honra fazer parte desse legado, já que sou a primeira mulher Diretora de uma entidade que tem 58 anos. Isso é a prova que vivemos novos tempos e temos uma gestão que caminha de mãos dadas com a inclusão e a representatividade”, afirmou.

Vivendo e assimilando cada instante dos dias que antecedem uma experiência inédita e histórica na carreira, Suelen tem contado com a mentoria de Luciana Mariano, primeira mulher a narrar uma partida de futebol na TV aberta no Brasil. Entre estudos, dicas e trocas de experiências, serão seis dias de preparação junto à narradora que tem na bagagem mais de 30 anos de experiência e também prestigiará a final entre Fonte Boa e Silves.

O caminho sendo trilhado

Para Luciana Mariano, a evolução da representatividade no futebol amazonense se torna realidade por conta da dedicação e da força de mulheres que atuam no estado. A narradora falou sobre a oportunidade de participar de mais uma conquista histórica na TV brasileira.

“É um sonho de vida ver mulheres chegando para narrar. Não imaginei que no Amazonas aconteceria agora. Acho que por influência dessa revolução que a jornalista, Larissa Balieiro, causa e movimenta o ambiente, o mercado e todo o universo do futebol no estado, as coisas foram mais rápidas.
Eu realmente estou de esperança renovada por ajudar de alguma forma. A Suelen Gonzaga está e sempre esteve pronta, faltava apenas a oportunidade e o incentivo”, declarou.

No estado do Amazonas pela segunda vez em menos de um ano, Luciana Mariano comentou sobre mais uma experiência, desta vez ainda mais imersiva, no estado mais diverso do país.

“Eu me apaixono por cada momento aqui, com o futebol não seria diferente. Os jogadores são gente boa demais, viajaram com a gente e ainda falta conhecer a galera de Fonte Boa. É como voltar para o início da minha carreira e sentir o romantismo em cada momento até o apito do árbitro. Estou muito grata à todos vocês”, completou.

Legado de representatividade

Desde a composição de sua diretoria até as escalas de arbitragem, a gestão da FAF faz questão de dar a devida valorização às mulheres que tanto contribuem para o esporte amazonense. Em 2023, a final da Copa da Floresta foi apitada pela rbitra FIFA Edina Alves Batista, que atuou em um sexteto feminino na decisão.

E em 2024, a força feminina seguirá sendo representada dentro e fora de campo. Envolvidas em funções e cargos de liderança, as mulheres conquistam a cada partida e a cada temporada, lugares que são seus por méritos e competência.

Com informações da Federação Amazonense de Futebol (FAF)