(Foto: Antônio Assis/FAF)
O Manaus terminou a primeira fase da Série C classificado apesar da derrota para o Paysandu, e chegou ao quadrangular final sob olhares de desconfiança, o grupo precisava dar uma resposta após três jogos sem vitórias, e ela veio em grande estilo. Os 5 a 0 sobre o líder geral da competição e dono da melhor defesa foi contra qualquer prognóstico e o Esmeraldino começou a primeira das seis decisões com o pé direito.
O técnico Evaristo Piza declarou após a goleada que trabalhou durante a semana em todos os aspectos possíveis e focou na parte psicológica do elenco, que de fato não vinha de boas partidas e havia desperdiçado chances de se classificar antecipadamente, o que resultou numa grande pressão por resultados.
“Foi uma semana de bastante trabalho, não só tático, físico, mas também mental, da consciência de iniciar bem um jogo dentro de casa contra o adversário de melhor campanha, então não adiantava só trabalhar tático e técnico, tinha que elevar o espírito. Vínhamos de uma situação pesada no final da primeira fase, onde tivemos a oportunidade de classificar dentro de casa, a gente acabou transferindo essa situação pra fora e com um revés lá conseguimos a classificação. Isso serviu de lição, buscar não errar, de iniciar bem, não desperdiçar a oportunidade do fator casa”, disse Piza, que chegou à quinta vitória sob o comando do Manaus.
O Novorizontino chegou em alta para o jogo na Colina, vindo de oito jogos sem derrota, cinco vitórias consecutivas e apenas 10 gols sofridos em 18 jogos. Só do Manaus no jogo de ontem, a equipe de Léo Condé sofreu metade.
Piza explicou a estratégia de jogar um pouco mais recuado mesmo atuando em casa, fator que dificultou a ações do Tigre, que teve a bola, mas não conseguiu criar e claramente sentiu o forte calor da capital amazonense. O treinador pontuou que tanto os titulares quanto os reservas mantiveram o nível de atuação da equipe e foram fundamentais para a vitória.
“Passamos as informações do Novorizontino, os jogadores foram muito eficientes, trabalharam bem a parte tática, mudamos algumas estratégias, na questão da marcação, numa linha mais baixa e deixar a bola com o adversário, e isso atrapalhou um pouco o jogo deles, pois jogam de uma maneira mais reativa, somado com as mexidas em algumas peças da equipe que cumpriram bem a função, mas a vitória foi do grupo. Quem sustentou foram os que iniciaram e quem definiu os que entraram, então mostra um grupo forte”, ressaltou.
O time titular escalado para iniciar a partida teve surpresas, alguns jogadores ganharam oportunidade para a nova fase. O goleiro Matheus Inácio, o lateral-direito Igor e o volante Júlio Rusch, além do retorno de Anderson Paraíba e a manutenção de Ronaell na lateral esquerda. Piza justificou a mudança em massa dizendo que o time precisava de um fato, um “ar” novo, somado ao fato da grande sequência de jogos que os substituídos tiveram na primeira fase. Ou seja, era o momento oportuno para trocas.
“Trabalhamos bem a semana, não fazemos nada sem tomar decisões em conjunto, é um colegiado de ideias. Constante troca de informações, construção de uma equipe, eu escuto bastante e em cima das informações, tentamos tomar as melhores decisões. Estávamos precisando até dar um ar novo, não que os meninos que saíram estavam mal, tanto que classificamos, eles vinham de um acúmulo de pressão, jogos pesados, o Edvan por exemplo jogou praticamente todos os 18, o próprio Dudu vinha numa sequência grande, o Gleibson participou de 9 jogos comigo. A gente pensou no momento em dar um ar novo, não fizemos nada por achismo, fizemos com planejamento, organização, conversa. Todos os atletas que saíram tiveram um motivo, em cima também do adversário, alguns encaixes em alguns setores e eles foram eficientes”, destacou.
A goleada rendeu ao Manaus a liderança do grupo D da segunda fase da Série C. A próxima partida do Gavião do Norteacontece no próximo sábado (9), às 16 horas (de Manaus), contra o Tombense-MG, que também venceu na estreia o Ypiranga-RS por 1 a 0, fora de casa, e chega com moral.
“Adversário difícil que conhecemos bem, trocamos dois resultados na primeira fase, uma vitória em casa e derrota fora. Sabemos que vai ser difícil a logística, três dias de trabalho, buscar ter um espírito muito forte. O resultado dá moral, mas não pode achar que porque fez um grande jogo, esse grande placar, que a gente vai fazer o resultado lá em Tombos. Temos que buscar com a mesma seriedade, mesmo trabalho, mesma força mental pra conseguir fazer mais um grande jogo fora de casa”, concluiu Piza.
*colaboração da Assessoria de Imprensa do Manaus FC