Piza elogia elenco e diz que confia na classificação do Manaus
(Foto: João Normando/FAF)
O novo técnico do Manaus FC, Evaristo Piza, foi apresentado oficialmente na tarde desta quarta-feira (28), ao lado do auxiliar-técnico André Dias. A dupla realiza o primeiro trabalho com o elenco ainda nesta quarta, visando o confronto do próximo domingo (1º) diante do Santa Cruz, fora de casa, pela 10ª rodada da Série C, a primeira do returno, podendo encerrar o jejum esmeraldino de quatro jogos sem vencer.
Na coletiva de imprensa, questionado sobre as pretensões do clube na competição, Piza manteve a esperança na classificação para o quadrangular final. A equipe ocupa a sétima colocação do grupo A, com 11 pontos conquistados no primeiro turno, a três pontos do G4 e a dois da zona de rebaixamento.
“A ideia é buscar o objetivo traçado pelo clube e dar continuidade com a nossa chegada, buscando a classificação e brigando por esse objetivo e a partir daí, fortalecer para a etapa final”, disse Evaristo.
Atualmente, o Manaus possui a pior defesa entre todos os 20 times que disputam a Série C, com 17 gols sofridos em nove jogos. Piza declarou que vinha acompanhando alguns jogos do clube e frisou a importância do trabalho diário e o auxílio da equipe para que o setor defensivo possa apresentar melhora.
“A gente vem conversando desde segunda-feira com o Fausto (gerente de futebol), que passou algumas coordenadas, eu vinha acompanhando esse grupo, assisti jogos do Manaus, do nosso próximo adversário. O que vai ser importante nesse momento é o conhecimento diário, a prática com os atletas, ter bastante informação da comissão fixa, da diretoria, do gerente de futebol e buscar ajustar. Eu tenho hoje, amanhã, a sexta e o sábado antes do jogo, mas quanto mais informação eu tiver, melhor para que eu consiga ajustar esse setor no treinamento”, declarou.
Dono de um currículo extenso no futebol, com passagens por clubes paulistas e mais recentemente pelo Botafogo-PB, que também disputa a Série C, Evaristo listou atletas do atual elenco com quem ele já trabalhou junto, algo que pode facilitar na adaptação: Diego Rosa, Allan Dias e Erivelton no Belo, Edvan no Mirassol, e Vinícius Barba no sub-23 do Corinthians.
“Algumas peças desse grupo foram meus atletas. É uma equipe bem montada, distribuída nas características, agora é o conhecimento diário, ver o ambiente, vestiário, lideranças, motivá-los a fazer grandes jogos, trabalhos com intensidade para buscarmos os resultados”, destacou.
Há pressão pela troca técnicos constante no Manaus recentemente?
“A questão da pressão é natural, estou chegando hoje, faz parte do futebol. A busca dessa mudança é para atingir objetivos e viemos para isso, para potencializar e buscar estender o máximo possível. Nos meus últimos trabalhos, principalmente no Botafogo, onde tive os melhores resultados, chegamos na final da Copa do Nordeste contra o Fortaleza em 2019, a briga pelo acesso, perdi um por 20 segundos em 2018 contra o Botafogo-SP, foram trabalhos longos e a gente conseguiu extrair resultados”.
Quando o time terá a “cara” do Piza?
“É muito relativo a questão da adaptação, eu vou precisar muito da resposta deles (atletas), acho que é um trabalho em conjunto. A nossa ideia, a nossa filsofia, e a resposta do grupo, junto com diretoria, comissão, aí sim a gente consegue desenhar o que a gente pensa como característica de jogo”.
Como gosta de montar as equipes?
“É meu primeiro trabalho aqui na região norte, enfrentei alguns clubes nos anos anteriores na própria competição. Dependendo das características que eu encontrar no elenco, não fui eu que o montei, eu preciso conhecer o que eu tenho pra implantar o que eu penso. Vou analisar outros jogos e ir implantando, eu venho jogando nesses últimos anos num 4-2-3-1, as vezes até um 4-1-4-1, 4-3-3, depende muito da situação e do que eu tenho no elenco”.