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Piza lamenta terceiro empate em casa e se defende de protestos: “Se não ganha, não serve”

Sob protestos e até garrafa lançada contra os atletas, o Manaus ficou no 0 a 0 com o Altos e deixou a zona de classificação da Série C

O empate sem gols entre Manaus e Altos no último domingo (5), na Colina, jogou a equipe amazonense para fora da zona de classificação da Série C do Campeonato Brasileiro. Após o apito final, o técnico Evaristo Piza justificou suas escolhas e detalhou como viu o desenrolar da partida, que em certo momento poderia ter terminado em derrota.

“A gente teve uma estratégia de querer ganhar o jogo, sabendo da importância do jogo. Desenhou nos primeiros quinze, vinte minutos do primeiro tempo pra ser mais assertivo, tomar as decisões corretas, não ocorreu. Perdemos um pouco dessa característica, o adversário equilibrou e a gente começou errar tecnicamente. No intervalo, detectei isso, fiz as mudanças e a equipe cresceu, criou, pôs volume ofensivo e faltou detalhe do gol. Ela não ficou encolhida ali atrás, atacou de todas as maneiras e não teve as decisões certas para fazer o gol, é uma coisa recorrente. Corremos risco, pois terminamos com cinco jogadores ofensivos, mas acho que a gente teve mais chance de ganhar o jogo, a defesa mais difícil foi do Matheus”, disse.

O clima perto do fim do jogo foi hostil para a equipe. Impaciente com a falta de gols, a torcida esmeraldina fez cobranças aos atletas pela ineficiência e ao treinador. Piza avaliou a reação e deu razão aos torcedores, reafirmando que o resultado também não o agradou.

“A questão da insatisfação é natural, qual torcedor que não fica insatisfeito? Faz três jogos que a gente não ganha em casa, eles tem o direito de estarem insatisfeitos, tem o direito de me xingar. Faz parte do processo e eu tenho que estar equilibrado sempre buscando fazer o melhor frente da da equipe como comandante técnico. Fico sentido, não só com esse empate, como com os dois outros. Mas ao mesmo tempo sabendo amanhã a gente se apresenta e vamos buscar trabalhar para potencializar o nosso melhor como sempre”, destacou.

Agora com 13 pontos, o Manaus é o nono colocado e chegou a três jogos sem vencer como mandante na competição, fator que até pouco tempo era primordial para a campanha. Piza diz entender a cobrança que vem das arquibancadas e virou a chave para o próximo duelo, diante do Campinense, fora de casa.

“Já percebi a linha do clube, aqui se você não ganha, você não serve. Aqui você vive de resultado, de vitória. É um clube, vem o entusiasmo, são pessoas que fazem com muito amor e em pouco tempo acostumou a ser vitorioso. Estamos num campeonato onde a gente tá competindo bem, o que está incomodando são os empates em casa, mas a gente tá competindo bem, fizemos um jogo para ganhar. Tem que cobrar, tem que buscar, fazer com que eles entendam isso e a gente dê uma resposta já, convivemos com a pressão e vamos buscar o resultado contra o Campinense”, relatou.

Quando o time descia para os vestiários após o fim do jogo, um torcedor atirou uma garrafa contra o elenco, que acabou acertando o lateral-direito Weriton. Chateado, o técnico esmeraldino reprovou a atitude e citou que o fato pode prejudicar a equipe, que já perdeu mando de campo por conta da mesma situação há algumas partidas.

“O torcedor não tem o direito de querer agredir, acho que existe a paixão, o sentimento da insatisfação, de ter pago o ingresso  e a equipe não ganhar o jogo. A partir do momento que você lança um objeto em  outro ser humano, isso é pessoa que tá amargurada, tá mal amada, tá carregada de frustrações. Não é possível eu vir num estádio e jogar a garrafa num atleta porque a equipe não ganhou o jogo. É uma reflexão a se fazer, já perdemos mando por causa disso, se a arbitragem relata, acaba sendo prejudicial ao próprio clube. É aceitável o torcedor xingar, mas a agressão não é aceita em nenhum âmbito”, finalizou.

Confira os melhores momentos de Manaus 0 x 0 Altos:

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