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Bosco vibra com título e elogia elenco do 3B: “Reduzido, mas de qualidade”

O presidente, que também foi treinador na campanha do bicampeonato, já projetou a volta ao cenário nacional com a disputa da A3 em 2022

(Foto: Antônio Assis/FAF)

Campeão amazonense de futebol feminino pela segunda vez em sua história, no último sábado (18), o 3B escreveu mais um capítulo de um projeto que começou em 2017 sob o comando de Bosco Brasil Bindá, um apaixonado pela modalidade, que acumulou as funções de presidente e técnico na campanha vitoriosa da Fera.

Depois de ter faturado o título estadual em 2019, o 3B brigava pelo bicampeonato consecutivo em 2020, porém, uma escalação irregular da lateral Gisele causou uma punição no TJD/AM e o clube ficou de fora da briga pela taça, consequentemente ficando sem calendário nacional ao longo de 2021. Para Bosco, todo o imbróglio foi um aprendizado, e ele conta como foi esse processo para que a equipe desse a volta por cima e voltasse ao lugar mais alto do pódio do futebol feminino local.

“Era um título que tinha que acontecer. Ano passado eu errei feio, coloquei a Gisele para jogar e fui castigado, fiquei um ano sem calendário, então formamos uma equipe bem forte, que tinha que ser campeã. Apostei em trazer um grupo reduzido, mas de qualidade”, disse.

Um dos trunfos do 3B foi apostar na mescla de atletas experientes com outras mais jovens, que deixaram boa impressão. Dentro da competição, a equipe pôde promover a meia Maissa, de 14 anos, e a zagueira Livia, de 15, que inclusive jogaram alguns minutos da grande final contra o JC. O mandatário da Fera falou também sobre o desafio de estar comandando à beira do campo.

“Fiquei feliz pelo todo, na semi e na final botei uma menina de 14 anos e outra de 15 para jogar. Muito feliz, devo isso à minha comissão técnica que eu deleguei. Eu não sou treinador, fui treinador amador no meu time, esse ano resolvi assumir o time, tô de parabéns e a equipe também”, destacou.

Fundado por Bosco, o 3B conquistou o estadual pela segunda vez (Foto: João Normando/FAF)

Passada a frustração de 2020, o 3B estará de volta ao cenário nacional em 2022 para disputar a Série A3 do Brasileirão. Bosco sabe que não irá contar com boa parte do grupo que foi bicampeão estadual, mas já adiantou que enxerga potencial em outros mercados, e chegou até a citar Venezuela e Índia, que estiveram em Manaus dias atrás pelo Torneio Internacional.

“A maioria das minhas jogadoras é de nível de Série A1 e A2. Tenho três jogadoras que não querem sair de Manaus e jogam em qualquer time de primeira divisão, que são a Gisele, a Paulinha e a Gabi. Eu tô com elas, devo prospectar algumas jogadoras da Venezuela, da Índia para a próxima temporada”, concluiu.