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Lacerda “bate no peito” após primeiro revés do Amazonas e avalia: “Manter-se no topo é difícil”

De virada, a Onça-pintada acabou derrotada pelo Porto Velho em casa e pode perder a liderança do grupo A1 da Série D nesta rodada

A jornada do Amazonas FC contra o Porto Velho não foi das melhores no último sábado (25). Até então invicto há dez jogos, o aurinegro acabou derrotado de virada por 2 a 1, na Arena da Amazônia, e conheceu seu primeiro resultado negativo na Série D do Campeonato Brasileiro.

Diferente de jogos anteriores, o Amazonas em certos momentos foi dominado pelo adversário, não conseguiu manter a vantagem após largar na frente e as alterações não surtiram o efeito desejado. Acostumado a analisar friamente o desempenho da equipe no período invicto, o técnico Rafael Lacerda lamentou o revés, chamou a responsabilidade e procurou manter a cabeça fria, mesmo ciente de que não foi uma tarde boa em vários aspectos.

“Se eu era crítico na vitória, imagina na derrota, mas assim, estou muito chateado porque fizemos segundo tempo muito abaixo, o primeiro tempo ele já não foi bom, mas foi suficiente pra iniciar vencendo. A gente alertou na análise que fizemos, que a campanha não condiz com a qualidade do adversário, que tem uma transição rápida, uma bola parada forte. No intervalo, alertamos: “Olha, se a gente continuar nessa marcha assim, vamos sofrer no segundo tempo” […] Eu não eu nunca vou falar que é um dia pra ser esquecido, porque quando a gente ganha não está tudo certo, quando a gente perde também não está tudo errado, a gente vai conversar muito. Internamente, a cobrança vai ser muito grande, mas fora, a responsabilidade é toda minha pelo resultado, pelas trocas que não deram certo, mas vida que segue. A gente não quer perder, queríamos terminar forma invicta, mas talvez pensando no processo, essa derrota ela vem num bom momento”, disse.

Ítalo abriu o placar para a Onça, mas a equipe não conseguiu segurar o triunfo

Por várias rodadas, o Amazonas se manteve intocável na liderança do grupo A1, e agora pode perder o posto, em caso de vitória do Rio Branco sobre o São Raimundo-RR, neste domingo. Lacerda destacou que tão complicado quanto chegar ao topo, é permanecer lá. Além da parte de campo, o comandante precisa agir na parte mental do grupo de jogadores.

“Manter-se no topo é difícil, muitas vezes entra a parte mental, psicológica dos atletas, muitas vezes os adversários estudam ainda mais a nossa equipe, muitas vezes o jogador acha que vai ganhar de qualquer maneira. O campeonato é muito equilibrado, é difícil a manutenção, temos um grupo qualificado, tem coisa que a gente fez de bom, claro que teve, mas hoje infelizmente a gente errou mais do que acertou, mas a gente tem uma semana pela frente pra corrigir a próxima partida contra o Trem”, pontuou.

O jovem Victor Hugo saiu do banco e decidiu a vitória da Locomotiva

A chance de recuperação para a Onça virá no próximo domingo (3), novamente em casa, contra o Trem-AP. Lacerda se mostrou unido com os jogadores e ponderar o que acabou dando errado para que a primeira derrota viesse. Fazendo uma avaliação otimista, o revés pode ter vindo num bom momento, onde a Onça já está praticamente com os dois pés na segunda fase.

“Nas derrotas vêm as críticas, eu sempre falei pra eles que eu vou ser o cara que vou estar do lado deles. Claro que a cobrança ela vai ser muito grande pelo que aconteceu hoje aqui, mas eu preciso também estar do lado do grupo né, foi esse grupo que nos colocou na liderança, é esse grupo que está fazendo essa grande campanha. A derrota ela iria vir em algum momento, temos uma pontuação de classificação, mas a gente precisa entender que a competição ela é muito dura. Eu tento entender esse lado mental do atleta, precisamos passar confiança, eu não posso também só “bater”, concluiu.

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