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Em busca de resposta imediata com o grupo, Matheus sai em defesa de Piza: “Tem nossa confiança”

Uma das lideranças do elenco, o goleiro fez uma defesa providencial no empate sem gols contra o Altos, no último fim de semana

Na última terça-feira (7), o Manaus se reapresentou em campo e retomou os trabalhos visando o duelo de sábado (11) contra o Campinense, pela 10ª rodada da Série C do Brasileirão. O goleiro Matheus Inácio foi um dos que atendeu a imprensa e comentou sobre o frustrante empate sem gols contra o Altos, que quase terminou em derrota, não fosse uma defesa providencial nos minutos finais.

“A gente queria todo tempo buscar a vitória, no segundo tempo fomos atrás e era normal ficar exposto ali atrás. A gente conversou sobre a atenção, que poderia ocasionar de vir uma bola perigosa e foi o que aconteceu. Graças a Deus estávamos atentos, bem preparados, foi uma bola muito difícil. Pude ajudar a equipe a sair com esse ponto, que não é o que a gente queria, mas não é tão prejudicial quanto você perder em casa. Sabemos da importância de estar sempre pontuando, espero que possamos voltar a vencer o quanto antes”, destacou.

“Time sem vergonha” e “eu tô cansado de time amarelão”, além de outros protestos da torcida contra o técnico Evaristo Piza marcaram a última partida da equipe em casa. O jejum de vitórias na competição chegou a três jogos no geral, à mesma medida que são três empates em sequência como mandante. Apesar do momento não ser dos melhores, Matheus reafirmou que o grupo de jogadores está em sintonia com o treinador e o eximiu da culpa pela falta de resultados.

“O nosso compromisso com o Piza é 100%, porque internamente nós acreditamos que o trabalho vem sendo bem feito e que ele não tem culpa nenhuma do resultado não estar vindo. Já jogamos no 3-5-2, no 4-1-4-1, várias formações, e quando a gente ganhou, ninguém falou nada. Ganhamos com três zagueiros dentro de casa, o Piza era o “fera”, daí quando perdemos ou empatamos com três zagueiros, ele é retranqueiro, então isso é a vida do treinador. Mas nós estamos fechados com ele, ele tem a total confiança do grupo”, pontuou.

No futebol, é recorrente a figura do comandante estar mais exposta e ser um dos primeiros alvos quando as coisas não vão bem. Na visão do goleiro esmeraldino, os atletas são cientes da dificuldade da competição e também da importância de “bater no peito” e chamar a responsabilidade nos momentos delicados, não somente o treinador, visto que o foco da equipe é alcançar a classificação à segunda fase.

“Em reunião, nós jogadores temos que assumir essa responsabilidade e dar resposta o quanto antes. É um campeonato complicado, que era regionalizado e agora abriu pro Brasil todo. Nós enfrentamos equipes que jogam um estadual mais forte, como Paulistão, Gauchão, enfim, não tem jogo fácil. Saímos agora do G8 por saldo de gols, temos a mesma pontuação de quem tá dentro. Sempre comentamos que não é como começa, mas sim como termina, se chegarmos na última rodada entre os oito, estaremos classificados, cumprindo o primeiro objetivo”, disse.

Pela primeira vez nesta edição, o Manaus se viu fora do G8 e sente na pele o torcedor inflamado, exigindo que o time retome o caminho das vitórias o quanto antes. Ciente da necessidade, o goleiro pediu paciência ao torcedor e tranquilidade aos colegas, para que os gols possam sair lá na frente. O cenário atual do Gavião é de uma equipe que tem a melhor defesa da competição, com apenas cinco gols sofridos, mas que também fez apenas cinco.

“É ter paciência, a gente sabe da cobrança da torcida, que é válida até certo ponto. Quando vão em rede social, nas arquibancadas nos cobrar, a gente aceita. Não entendemos bem quando tem uma agressão ou algo que foge da nossa alçada. Mas entendemos a cobrança, trabalhamos pra dar a resposta logo e eu acredito que o nosso grupo é bem potencializado para poder buscar essa classificação. É ter paciência pra tirar um pouco desse peso também, jogar um pouco mais leve para decidir melhor as jogadas, que as vitórias vão vir”, finalizou.

A delegação esmeraldina viaja rumo à Campina Grande nesta quinta-feira (9). O duelo acontece às 16 horas (de Manaus), no Estádio Amigão, na Paraíba. Também pressionado, o time da casa vive situação ainda pior, ocupando hoje a 16ª colocação, sendo o último time fora da zona de rebaixamento após ter sido goleado por 4 a 0 para o Remo.