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“Decisão foi arbitrária”, Iranduba contesta punição da FAF e garante inocência em caso de manipulação de resultados

Suspenso por dois anos e rebaixado à Série B, clube afirma que presidente da federação não obedeceu ao processo legal e que vai recorrer da decisão no TJD-AM

O Iranduba veio a público na noite da última segunda-feira (27), para contestar a punição estabelecida pela Federação Amazonense de Futebol (FAF) por conta de uma possível manipulação de resultados no Barezão 2023. Na nota publicada nas redes sociais, o clube alega que a decisão do presidente da federação, Ednailson Rozenha, foi arbitrária pois não obedeceu ao processo legal.

No comunicado, o Iranduba também aponta que o mandatário não seguiu o artigo 111 do estatuto da própria federação, o qual garante que suspensões só podem ser aplicadas após decisão definitiva da Justiça Desportiva. A diretoria do Hulk garante que irá recorrer da decisão e provar sua inocência e seriedade com o futebol amazonense.

Confira trecho da nota

Logo, esclarecidos tais fatos, só podemos afirmar que a decisão do presidente da FAF foi arbitrária, pois não obedeceu ao processo legal, no qual deveria ser dada oportunidade ao Iranduba ao princípio constitucional do
contraditório e da ampla defesa.

O presidente da FAF não obedeceu ao que diz o artigo 111 do estatuto da própria FAF, que é uma transcrição do artigo 48, §2º da Lei 9.615/98 (Lei Pelé) que explica que a penalidade de suspensão somente poderá ser aplicada após decisão definitiva da Justiça Desportiva, o que não ocorreu.

Por fim, a EPD Esporte Clube Iranduba da Amazônia deixa claro que irá recorrer ao Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM) e, se for o caso, ao STJD para provar sua inocência e seriedade com o futebol do Amazonas.

O Iranduba indica ainda que, a partir do recebimento do ofício da CBF junto ao relatório com as evidências de manipulação, a FAF deveria ter iniciado um inquérito para início das investigações para comprovar ou descartar tal infração.

“Tal ofício é apenas um alerta para uma possível irregularidade e não uma prova absoluta e incontestável da infração. Prova disso, é que em 2022, de acordo com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), este tribunal recebeu nove ofícios do Departamento de Competições da CBF, como o ofício recebido pela FAF, para apurar possíveis esquemas de fraudes em jogos disputados no Brasil. Destes nove ofícios, um caso gerou denúncia e foi julgado no STJD, enquanto cinco estão sob inquérito e três foram arquivados após análise e comprovação da ausência de infração desportiva”, diz outro trecho do comunicado.

Confira a nota na íntegra

Entenda o caso

Na tarde da última segunda-feira (27), a Federação Amazonense de Futebol (FAF) puniu o Iranduba com suspensão por dois anos, pagamento de multa de R$ 100 mil e o consequente rebaixamento à segunda divisão do Estadual ao Iranduba, por conta de uma possível manipulação de resultados.

As evidências de manipulação foram apresentadas em relatório investigado e elaborado pela CBF, solicitado pela entidade amazonense. O duelo analisado e atestado foi entre Iranduba e Amazonas, pela 5ª rodada do Campeonato Amazonense de 2023. A partida aconteceu no último dia 12 de fevereiro, no estádio da Colina, e terminou com goleada da Onça-pintada por 7 a 0.

Assista aos melhores momentos da partida em questão

Matheus Pereira

Graduado em jornalismo; 26 anos; desde 2020 no Esporte Manaus.