Árbitro fala sobre tentativa de agressão no AM: “Não desejo pra ninguém”
(Foto: Divulgação)
Após ter sido vítima de tentativa de agressão na partida entre Fast e Penarol no último sábado (19) pela Série D do Campeonato Brasileiro, o árbitro Dagoberto Silva Modesto falou pela primeira sobre o ocorrido. A tentativa ocorreu por parte do goleiro do Leão da Velha Serpa, Bruno Colaço, após ser expulso pelo profissional de arbitragem.
Em entrevista ao GE de Tocantins, Modesto explicou como se deu todo o episódio e afirmou que os profissionais não querem que isso ocorra, mas quando acontece tem que tá preparado mentalmente para controlar a situação. “São coisas que acontecem e não desejamos para ninguém”.
“No lance, o time do Penarol havia acabado de toma uma virada, 3 a 2. A equipe ganhava por 2 a 0, e levaram 3 gols no segundo tempo. O lance seria do quarto gol, era uma oportunidade clara de gol. O texto da regra hoje, pede que o árbitro aplique apenas o amarelo. Só há mudança, quando é um jogo brusco grave ou conduta violenta. Apliquei o amarelo no lance, só que ele descontrolou e começou a me xingar, e então apliquei o vermelho, foi quando ele veio tentar me agredir. O braço dele não chega acertar no meu rosto. Não teve contato, graças a Deus”, explicou.
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Esta é a segunda vez que Dagoberto passa por este tipo de situação enquanto apitava uma partida. Em maio de 2017, durante um jogo da terceira divisão do Campeonato Tocantinense, entre União Peixense e Embuguaçuano, o zagueiro Itamar deu um tapa no rosto do árbitro, após receber cartão vermelho.
Sobre o ocorrido no último sábado, Dagoberto revela qual foi o motivo dos cartões aplicados e afirma que não foi influenciado pela pressão dos jogadores do Fast, assim como apontou o goleiro Bruno Colaço.
“Só quero deixar claro, que antes do cartão vermelho teve um amarelo pelo penal. Que fique bem claro, a expulsão foi por causa dos xingamentos dele. Foi a reação após receber o amarelo. Pela imagem, não dá para ver, e muitos estão criticando que o lance não era para vermelho e realmente não era. Ele fala em uma reportagem, que eu não daria o amarelo. Que após pressão de jogadores, eu aplico o cartão. Nesse momento, o atleta está mentindo. Não falei em momento algum em não dar cartão para ele. Disse que o atleta que estava caído se precisasse de atendimento e fosse o cobrador do pênalti, não teria necessidade de sair do campo. O goleiro questiona comigo a saída do jogador adversário e um cartão. Eu disse para ele: “Mesmo com cartão ou sem cartão, o jogador não precisava sair, neste momento virei e apliquei amarelo para ele (Bruno Colaço)”, pontuou.
Na súmula da partida, o árbitro do quadro de Tocantins aponta que Colaço reclamou de maneira ofensiva com as seguintes palavras: ” você é um cagão seu covarde”. No documento Dagoberto Modesto relata a tentativa de agressão. “Após ser expulso o mesmo se dirigiu contra mim e tentou me agredir com um soco, o jogador teve que ser contido por seus companheiros de equipe e também foi necessário a entrada do policiamento no campo de jogo para o mesmo sair do campo”.
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