Após agredir árbitro, goleiro do Penarol é punido com quatro jogos de gancho
(Foto: Reprodução)
Na semana passada, no dia 5 de agosto, o goleiro Bruno Colaço, do Penarol, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em quatro jogos de suspensão, pelo episódio ocorrido no dia 19 de junho, no duelo contra o Fast Clube, pela 3ª rodada da Série D do Brasileirão. Denunciado por ofensa e agressão contra o árbitro Dagoberto da Silva Modesto (TO), o jogador teve as condutas desclassificadas e acabou punido com uma partida por reclamação desrespeitosa e em três jogos por ato desleal.
Desde a decisão, ele já cumpriu dois jogos, ou seja, restam apenas mais dois para que o arqueiro esteja novamente regular para entrar em campo pelo Leão da Velha Serpa. Ele segue sendo desfalque contra Galvez-AC e Fast Clube, nas rodadas 11 e 12, respectivamente, estando liberado para enfrentar o líder Castanhal-PA no fim deste mês, pela 13ª.
Relembre o episódio
Aos 32 minutos do segundo tempo da partida em questão, o árbitro Dagoberto da Silva Modesto (TO) expulsou de forma direta o goleiro Bruno Colaço. De acordo com a súmula, o atleta do Penarol reclamou do cartão após a marcação de um pênalti para o Fast dizendo: “você é um c*, seu covarde”.
Ainda no documento de jogo, após receber o vermelho, o goleiro tentou dar um soco no árbitro e precisou ser contido pelos companheiros de equipe, sendo necessária também a entrada do policiamento para o mesmo sair do campo.
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Dias depois do ocorrido, Colaço e o próprio Penarol usaram as redes sociais para se retratar da situação, explicando o contexto e se dizendo arrependido, estendendo as desculpas ao árbitro, diretoria e torcedores. Em entrevista ao GE de Tocantins à época, Modesto explicou como se deu todo o episódio e afirmou que os profissionais não querem que isso ocorra, mas quando acontece tem que tá preparado mentalmente para controlar a situação. “São coisas que acontecem e não desejamos para ninguém”.
O julgamento
A Procuradoria denunciou Bruno Colaço em dois artigos do CBJD, 243-F, “ofender alguém em sua honra”, e 254-A, “praticar agressão física”. De forma virtual, o goleiro contou a própria versão dos fatos, negou a agressão e respondeu se proferiu as palavras citadas na súmula.
“Não. Seu covarde não. O que eu realmente falei é que ele havia caído na pressão do jogo. Antes de ele me expulsar eu falei ‘pô, para de ser c*, você está caindo na pressão’. Os jogadores do Fast foram até ele pedir cartão amarelo e ele disse que não daria porque o jogador não estava na direção do gol e o pênalti era punição suficiente, mas os jogadores do Fast foram para cima e ele voltou e me deu o vermelho, aí eu falei ‘pô, você falou que não ia me dar cartão e com a pressão deu’, foi aí que eu o chamei de c*”, disse Bruno, afirmando também que só foi para cima do árbitro para argumentar, que jamais o agrediria.
“O cotovelo dele estava no meu peito e eu dei um cutucão de cima para baixo para tirar o cotovelo dele do meu peito”, finalizou o goleiro.
Diante da ausência do atleta de 30 anos, o Penarol contratou Bruno Fuso, que tomou a posição mesmo com a presença de Matheus Melo no elenco. Ainda sem Colaço, a delegação do Penarol embarca neste sábado (14) para Rio Branco onde no dia seguinte enfrenta o Galvez, pela 11ª rodada da primeira fase da Série D do Brasileirão. O Leão da Velha Serpa é o quarto colocado do grupo A1 da Série D, com 14 pontos somados.
*com informações do STJD